A Polícia acredita que o miliciano Luciano Josuel de Santana matou 30 pessoas, incluindo o próprio irmão. Delegada do caso disse que ele é “um sociopata”.
Autor de pelo menos dez homicídios, incluindo o do próprio irmão, Luciano Josuel de Santana é, segundo a Polícia Civil, o mentor do assalto que resultou na morte do empresário Mario Gouveia Junior, dono do Parque Águas Finas, em Aldeia, no dia 23 do mês passado. Líder de uma milícia especializada em extermínios, tráfico de drogas e assaltos no bairro de Chã de Cruz, em Abreu e Lima, ele também matou a família inteira de um detento porque ele não quis integrar o seu grupo criminoso:
“É um verdadeiro sociopata”, resume a delegada Euricélia Nogueira, responsável pela investigação que prendeu o suspeito e mais onze pessoas que participavam da milícia.
A Polícia Civil acredita que sete dos doze integrantes da milícia participaram do latrocínio que vitimou o empresário. Luciano teria planejado o assalto à residência de Mário Gouveia para levantar dinheiro e bancar um bom advogado de defesa: “Luciano planejou o assalto, mas não a morte do empresário. Ele queria valores, queria armas. Com a reação da vítima é que eles mataram Mário Gouveia. Ele queria levantar valores para fazer o pagamento de um advogado”, disse Nogueira. Embora tenha participação comprovada em dez homicídios, a delegada calcula que Luciano já matou cerca de 30 vítimas.
O grupo era investigado desde agosto de 2018, quando Luciano encabeçou um duplo homicídio realizado na tarde de um domingo. O crime foi registrado por câmeras de segurança, mas a Polícia teve dificuldade de identificar participação dele por conta das ameaças que Luciano fazias às testemunhas. “É um grupo privado que se reunia para praticar crimes. A gente não conseguiu a colaboração de testemunhas, nem mesmo de familiares, porque eles ameaçavam e planejavam as mortes dessas pessoas que tinham a intenção de prestar depoimento”, acrescentou a delegada.
Ainda de acordo com as investigações, quem executou o empresário de Aldeia foi o suspeito Paulo da Cunha Conceição, conhecido como Passarinho. “Passarinho recebeu ordem para executar a vítima depois que ela reagiu”.
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