terça-feira, 27 de agosto de 2019

Dólar vai a R$4,18 e atinge a máxima do ano


BOLSA

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O dólar tem o quarto pregão de alta seguido nesta terça-feira (27). Por volta das 12h24, a moeda americana sobe 1%,  pontos.

Segundo Fabrizio Velloni, chefe da mesa de operações da Frente Corretor, a alta desta terça é uma continuidade do movimento de aversão a risco com a escalada da guerra comercial.

Na sexta (23), China e Estados Unidos aumentaram tarifas de importação entre si. O presidente americano Donald Trump chegou, inclusive, a colocar o chefe chinês Xi Jinping ao pior inimigo dos Estados Unidos.

Nesta segunda (26), os países mudaram de tom e afirmaram que vão voltar a negociar um acordo comercial.

Mas, nesta terça, outro fator eleva a tensão global. O governo do Irã afirmou que não tem intenção de dialogar com os Estados Unidos sobre a questão nuclear a menos que todas as sanções impostas a Teerã sejam suspensas.

O cenário de desaceleração global e tensões dos americanos com China e Irã leva a maior parte de moedas emergentes a se desvalorizarem. 

No Brasil, o real também sofre com a crise na Argentina e pressões domésticas. "Há a saída dos estrangeiros do país e o indiciamento do Rodrigo Maia", aponta Velloni.

Na segunda (26), a Polícia Federal atribuiu ao presidente da Câmara dos Deputados os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro ao concluir inquérito sobre supostos repasses da Odebrecht ao deputado e seu pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual vereador César Maia (DEM). 

Rodrigo Maia é tido pelo mercado como fiador das reformas preteridas pelo governo Bolsonaro.

Além disso, o dólar tem sido utilizado como proteção a grandes variações do mercado por investidores depois que o diferencial de juros entre o Brasil e o mundo caiu a mínimas recordes. Com isso, o custo de se manter comprado na divisa diminuiu.

Nenhum comentário: