quarta-feira, 20 de maio de 2020

O perigoso caminho da radicalização

Edmar Lyra 

Desde as manifestações de junho de 2013 que o Brasil vive um clima de completo radicalismo, em 2014 tivemos uma campanha presidencial sangrenta entre Aécio Neves e Dilma Rousseff cujos desdobramentos culminariam no impeachment da presidente reeleita.

Nas eleições presidenciais de 2018 tivemos um atentado contra o candidato líder nas pesquisas, e por muito pouco Jair Bolsonaro não veio a óbito, por sorte ele escapou e acabou eleito presidente da República. Infelizmente o quadro de acirramento não mudou, muito pelo contrário, chegamos em 2020 com brigas que parecem mais de torcidas organizadas.

Na última segunda-feira o governador Paulo Câmara anunciou que havia testado positivo para a Covid-19, e não foram poucas as mensagens desejando sua morte ou atacando a figura de quem antes de ser político é um ser-humano, pai de família e que jamais merecia receber esse tipo de ataque por conta das suas posições políticas.

Estamos adotando um caminho de grave radicalismo que se torna muito perigoso para a nossa sociedade e para a nossa jovem democracia. É importante que as ideias discutam, que elas se contraponham, faz parte da democracia o contraditório, mas os ataques pessoais são lamentáveis e precisam de um basta para que não trilhemos o caminho da barbárie e do totalitarismo.

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