Um sargento da Polícia Militar à paisana se recusou a usar a máscara e agrediu um tenente-coronel com um soco em um supermercado no Centro de Aracati, no Ceará, na noite de quinta-feira (10). A gerência do comércio chamou policiais ao local porque o sargento se recusava a usar o item de proteção. O tenente-coronel agredido estava na equipe que atendia a ocorrência.
O uso da máscara em espaços públicos e privados do Ceará é obrigatório, conforme lei estadual de 10 de julho deste ano, em medida de proteção contra a propagação da Covid-19. Em caso de descumprimento, a penalidade pode variar entre R$ 100 e R$ 300 para pessoas físicas e chegar até R$ 1.001 para empresas de grande porte.
Conforme a Polícia Militar, o sargento foi conduzido ao plantão de Polícia Judiciária Militar, onde foi autuado pela agressão contra o tenente-coronel e agressão verbal contra a gerente do supermercado. O sargento está recolhido no Presídio Militar.
A PM ressalta que "não compactua com condutas ilícitas, por isso faz cumprir rigorosamente as normas legais, sem deixar de respeitar, naturalmente, os princípios da inocência, contraditório e ampla defesa".
Imagens de câmera de segurança
A agressão foi flagrada por câmeras de segurança e clientes que estavam no supermercado. A imagem mostra o tenente-coronel e outros três policiais militares conversando com o sargento à paisana, que usa uma camisa para cobrir parte do rosto. Em determinado momento, o sargento dá um soco no rosto tenente-coronel que está próximo a ele e é contido pelos outros policiais, que conseguem algemá-lo.
Um outro vídeo registrado por testemunhas, mostra o agente depois de algemado gritando insultos contra o tenente-coronel, com palavras como “cachorro” e “vagabundo”.
De acordo com a gerente do supermercado, o policial à paisana foi abordado por ela na entrada do estabelecimento, ao chegar sem máscara.
"Quando eu fui orientar que a gente não poderia permitir ele entrar sem máscara, porque a gente do Grupo Casa Grande se preocupa também com o todo, pois estamos no meio de uma pandemia, ele disse que não iria usar a máscara", relata.
A gerente afirma que ainda ofereceu uma máscara para o agente, caso ele tivesse esquecido a dele, mas o homem não quis receber o objeto. "Ainda sinalizei que poderia dar a máscara para ele, caso ele tivesse esquecido, e ele simplesmente me empurrou, entrou e disse que iria fazer as compras", disse a mulher. (Via: G1 CE)
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