Fany Bernal, ajudou a renovar e oxigenar o PT de Garanhuns, juntamente com a Mandata Coletiva ao lado dos movimentos populares. Na Câmara de Vereadores de Garanhuns possui várias representações individuais, porém a mais significativa e inovadora é sem dúvidas alguma a mandata coletiva e feminista “Fany das Manas” (PT), composta pela cantora Marília Ferro, pela professora e produtora cultural Fernanda Limão e pela advogada e professora Fany Bernal.
FORMATO- A mandata foi formatada em 13 pontos de atuação, que vão desde a agricultura familiar, passando pela defesa do SUS e a representatividade. “Esses pontos são norteados por três princípios: a coletividade, a representatividade e a defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras de Garanhuns.
A bandeira da diversidade nunca havia sido levantada por qualquer parlamentar eleito no nosso município. Temos essa responsabilidade com a população LGBT. A cidade abriga um dos maiores festivais culturais do Brasil, o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), e durante 15 dias a cidade respira cultura, mas no resto do ano é difícil para os artistas sobreviverem aqui. E também temos mais de 10% da população na zona rural e sempre foram secundarizados por serem um eleitorado menor. Vamos trabalhar por toda Garanhuns, de olho nos 13 pontos, abrangendo setores diversos, mas esses três grupos merecem atenção prioritária nossa: o povo do campo, as pessoas LGBTs e nossos artistas.” Colocou Fany
O COMEÇO- Em 2018 surgiu o coletivo o “Mutirô”, coletivo do qual Fany faz parte. Inicialmente faziam debates e acompanhamento sobre as reformas pautadas no Congresso e transportavam a discussão para a rua, mobilizando estudantes e trabalhadores. Isso foi aos poucos quebrando o antipetismo e melhorando a visão do partido em Garanhuns.
“A soma de todos esses fatores nos fortaleceu para essas eleições, em que o PT elegeu a nossa mandata coletiva e o vice-prefeito [o médico Pedro Veloso]. Isso tudo se somou a organizações que já existiam no município, como o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), a chegada de dirigentes do MST também foi importante, a própria Federação dos Trabalhadores Rurais (FETAPE) e os sindicatos de trabalhadores rurais (SRT). Destaco ainda a criação da Frente Brasil Popular, o Curso de Realidade Brasileira, o cursinho pré-Enem Ciranda Popular. Tudo isso forma o caldo que nos trouxe até aqui na Câmara Municipal.” Frisou Fany
A CONSTRUÇÃO- O coletivo passou a fazer ações em locais públicos para dialogar com a população sobre Direitos Humanos, cotas raciais e outros temas, sempre de maneira popular. Fizeram cineclube, cursinho pré-Enem que conseguiram aprovar 47 estudantes em universidades. Depois começaram a debater temas da cidade, como passagem de ônibus, participar de conselhos municipais e de debates na Câmara de vereadores. Fomos tratadas mal e saímos com a certeza de que precisávamos também ocupar a Câmara.
OS NOMES- Em 2019, o coletivo “Mutirô” começa a discutir nomes para uma candidatura a Câmara, chega-se ao nome de Fernanda Limão. Mas ela queria uma candidatura feminina, feminista e coletiva. E em 2020 fechamos a candidatura coletiva. Vieram de militâncias diferentes. A Fernanda veio da cultura, Marília veio do movimento estudantil e e Fany trabalhava com capoeira, LGBTs e como advogada e militante de Direitos Humanos. Foi a junção perfeita para levar o coletivo a ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Garanhuns.
INTERAÇÃO - Na zona rural foram abraçadas pelos movimentos populares e mantém laços fortes com a Fetape, o STR, o MMTR e o MST.
Atualmente, desenvolvem uma
Mandata verdadeiramente popular e seguem a risca o que foi proposto na campanha. E importante destacarmos o grande trabalho que a Mandata Coletiva Fany das Nanas(PT) vem desenvolvendo na Casa Raimundo de Moraes.
Obs: algumas informações vieram do Brasil de Fato e do jornalista Vinicius Sobreira que entrevistou Fany.
(Algumas informações vieram do Brasil de Fato e do jornalista Vinicius Sobreira que entrevistou Fany.)
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