quinta-feira, 3 de março de 2022

CARLOS BATATA REPRESENTOU GARANHUNS E O AGRESTE NA ALEPE E NA CÂMARA FEDERAL




Trazemos hoje um pouco da história de Carlos Batata que foi Prefeito de Capoeiras de 1989-1992, Deputado Estadual de 1995-1998 e Deputado Federal de Pernambuco de 1999-2003 e 2005-2007. Nossa coluna tem mostrado personalidades importantes que fazem e que fizeram a história política de nossa cidade e nossa região.
 

HISTÓRIA- Antônio Carlos Vieira dos Santos nasceu em 13 de junho de 1959 em Garanhuns (PE), filho de Manuel Antônio dos Santos e de Elídia Vieira da Silva. Sua irmã, Maria de Fátima Vieira dos Santos, foi eleita vereadora em Capoeiras (PE) em 2004.


MÉDICO- Estudou medicina veterinária na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) de 1977 a 1980, fez pós-graduação em reprodução animal na mesma universidade de 1982 a 1983, e estudou medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) de 1982 a 1986, não tendo completado o curso. Em 1986 filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), e nessa legenda foi eleito prefeito de Capoeiras em 1988. Nas eleições de 1994 candidatou-se a deputado estadual e foi eleito com uma consagradora votação.


PREPAROU A BASE- Carlos Batata se empenhou por dois anos de disputa municipal em várias cidades elegeu diversos prefeitos todos eles ligados ao seu grupo político. Uma verdadeira engenharia política de alto padrão calculada milimétricamente que deu certo, formando grupos fortes em Paranatama, Capoeiras , Iati, Brejão, Caetés, Capoeiras, Águas Belas, Itaiba, Saloá, Garanhuns e diversas cidades. Fez uma campanha forte e muito interativa, onde a juventude abraçou com força o seu projeto político. Teve alguns parceiros que fizeram dobradinha com ele, entre eles destacou-se o usineiro Joca Colaço, eleito praticamente graças às bases de Batata.


ALEPE
- Na Assembleia Legislativa de Pernambuco presidiu a Comissão de Agricultura, assim como a Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática. Defendeu com unhas e dentes a bacia leiteira do agreste e a pecuária. Fez da Agricultura um marco do seu mandato. Criou leis que favoreceram os produtores de queijo artesanal. Seu mandato foi bastante ativo e de resultados. Graças ao seu trabalho na Assembleia Legislativa de Pernambuco se cacifou para chegar ao Congresso Nacional, realizando o sonho de ser Deputado Federal.

FEDERAL- Em 1998 elegeu-se deputado federal, também na legenda do PSB, que integrava uma coligação formada por vários partidos: Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Geral dos Trabalhadores (PGT), Partido da Mobilização Nacional (PMN), Partido Social Democrático (PSD) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em janeiro de 1999, por divergências com Miguel Arrais, deixou o PSB e filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).



ROMPEU- O rompimento com o PSB ocorreu após o deputado queixar-se do tratamento recebido no período pré-eleitoral, quando, segundo declarou, o correligionário e então candidato a deputado federal Eduardo Campos, neto de Miguel Arrais, teria invadido suas bases eleitorais, fazendo estrago e colocando em risco a sua eleição.


BRASÍLIA- Empossado na Câmara em fevereiro de 1999, passou a integrar como membro titular a Comissão de Agricultura e Política Rural. Também durante a legislatura 1999-2003, foi presidente da comissão especial encarregada de analisar o Projeto de Lei Complementar 167, de 2000, que visava a instituir o novo Estatuto da Terra, e membro da comissão especial destinada a analisar o Fundo Nacional de Desenvolvimento do Semiárido. Integrou ainda as seguintes comissões especiais: de alimentos geneticamente modificados, de produção, comércio e fiscalização de sementes, e de recursos genéticos e produtos derivados. Em 2001, assumiu a vice-liderança do PSDB e do bloco formado na Câmara pelo PSDB e pelo PTB. Passou a integrar a bancada ruralista, nome pelo qual se tornou conhecida a Frente Parlamentar de Apoio à Agropecuária, e destacou-se como relator, em 2002, do projeto substitutivo ao Projeto de Lei 922/99, que favorecia a institucionalização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), criado por decreto do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e fortalecia a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais (PNAEF). Batata, em 2002 apresentou sua candidatura à reeleição, mas sofreu processo de impugnação pelo Ministério, mas conseguiu registro e disputou as eleições de outubro. Tendo obtido a 1ª suplência, deixou a Câmara ao final da legislatura em janeiro de 2003.


A VOLTA- Carlos Batata voltou a ocupar o mandato de deputado federal em 22 de setembro de 2005, devido à renúncia do então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, acusado de envolvimento em esquema de corrupção. Filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL), de 2005 a 2006 foi membro titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, e em fevereiro de 2006 passou a integrar a comissão especial que discutiu reformas nas Câmaras de Vereadores. No pleito de Outubro de 2006, não obteve êxito na tentativa de pelo terceiro mandato. Ficou muito próximo da família Mendonça, sobretudo do cacique pefelista na época Mendonção (José Mendonça) pai do ex-ministro da educação e ex-governador Mendonça Filho.



DEM- Permaneceu atuante em seu partido em Pernambuco, o DEM, mas somente concorreu a cargo eletivo em 2012, quando tentou retornar à prefeitura de Capoeiras, tendo como um dos concorrentes seu irmão, Dr. Severino Vieira, do Partido Verde, mas nenhum dos dois foi eleito. Deixou importantes conquistas nos seus mandatos na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara Federal, bem como deu grande contribuição ao município de Capoeiras na qualidade de prefeito e depois ainda fez dois sucessores do seu grupo político. Sua história está registrada por tantas contribuições que deu a Pernambuco, ao Agreste Meridional e ao Brasil.

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