segunda-feira, 11 de abril de 2022

A DIFÍCIL DISTRIBUIÇÃO DE PEIXE NA SEMANA SANTA POR MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS



FIM DA DISTRIBUIÇÃO
- O que já foi uma tradição em inúmeros municípios pernambucanos, a famosa distribuição de peixes a população de baixa renda, que foi interrompida literalmente por conta da pandemia de COVID-19 que assola o mundo, na verdade já está se constituindo numa bomba para a vida dos gestores públicos municipais, sobretudo das pequenas cidades. Embora a tradição tenha sua raiz na solidariedade humana e na comunhão pregada pelo próprio cristianismo durante a Semana da Páscoa”, esse ato administrativo vinha se transformando num verdadeiro inferno para os prefeitos.

INVIÁVEL- Imbuídos no verdadeiro espírito de comunhão essa assistência de cunho social transformou-se num calvário de multas e auditorias especiais e até com nota de rejeição de contas para administradores. Um prefeito em absoluta reserva confidenciou ao Blog:
FALA PREFEITO:
“É muito difícil você procurar oferecer a política pública de distribuição do alimento sagrado da Semana Santa sem que depois tenha que justificar exaustivamente ao Tribunal de Contas que exige de forma até exagerada a comprovação dessa distribuição e que muitas vezes levanta dúvidas até sobre a vulnerabilidades dos que foram beneficiários da ação social. No nosso município fará muita falta aos mais necessitados, mas não vou me arriscar a retomar essa tradição para depois ter dores de cabeça e perder a paz.”
ALIMENTO SAGRADO- Por causa do coronavírus a entrega dos peixes foi suspensa em várias cidades mesmo havendo a possibilidade de se entregar nas casas das pessoas, evitando aglomerações e tendo todo o cuidado com a COVID-19. Esse ano a gente viu nos noticiários que em outros estados e até mesmo em Pernambuco alguns prefeitos querem retomar a tradição, que ao nosso modesto olhar, deveria possuir um protocolo próprio e unificado pelos órgãos de fiscalização e controle de maneira que a população não ficasse sem o “alimento sagrado”. Com o avanço da tecnologia é possível que se haja uma comprovação mais eficaz e que traga também segurança para os gestores que se propuserem a realizar essa ferramenta social. Todo gasto público deve ser auditado e transparente, porém não se pode misturar o joio e o trigo no mesmo pacote. Os bons gestores não podem ser nivelados por aqueles que não possuem o zelo com a coisa pública. É isso aí.

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