
Não foi fácil a condução dos mandatos do atual Ocupante do Palácio do Campo das Princesas que enfrentou uma grave crise financeira em que vários estados do Brasil chegaram verdadeiramente ao ponto de falência administrativa e financeira a exemplo do Rio de Janeiro que nem a folha salarial dos funcionários conseguia pagar. Paulo Câmara tem o mérito de conhecer o meio, pois é auditor de carreira e sabe bem como gerir finanças. Porém toda ação traz uma reação. É um equilíbrio em Pernambuco não viria sem que parte da população também sofresse algum efeito. O governo Paulo Câmara teve que aumentar impostos e tomar medidas impopulares. Sem falar na terrível Pandemia de COVID-19 que transformou em caos a economia local e nacional.
SEGURANÇA PÚBLICA - uma área sensível no nosso estado que possui o “Pacto Pela Vida” do saudoso governador Eduardo Campos, também sofreu com a crise econômica nacional é isso refletiu bastante na diminuição dos investimentos na área e ao longo dos anos o programa não sofreu nenhuma readequação que possa se traduzir em um resultado mais amplo. Porém se por um lado parou de avançar também não afundou. Manteve-se em estabilidade com as alterações evidentes que fazem parte desse complexo tema. Portanto não foi aqui que Paulo Câmara conseguiu a atual rejeição. E finalmente de onde vem essa rejeição absurda? É uma pergunta que não quer calar e parece remeter de volta para a política, deixando a técnica de lado.
A REJEIÇÃO DE PAULO CÂMARA É POLÍTICA
LEMBRETE- É importante caro leitor que você faça uma leitura sem emoção e fria dessa análise sobre a rejeição de Paulo Câmara. É de salutar importância que a gente relembre aqui que em 2018 o então governador Paulo Câmara que disputava a reeleição possuía uma rejeição de 60%. Isso mesmo caro leitor, você não leu errado. A campanha na televisão, o guia eleitoral reabilitou Paulo Câmara e mais ainda, o levou a vitória no 1º turno com algo em torno de 51% dos votos. Muita gente falava de rejeição administrativa, porém ficou muito claro que a gestão ia bem, mas a política estava péssima. É nesse viés que os “socialistas da gema” estão se apegando para reverter o cenário de “terra arrasada” que está no momento a pré-campanha de Danilo Cabral em relação as pesquisas. Todo cuidado é pouco para as oposições quando comece o guia eleitoral. Marília Arraes conhece bem a “pancadaria”
Socialista pois foi vítima dos ataques nas eleições municipais de 2020 pela prefeitura do Recife onde João Campos chegou a gritar: “PT não fará parte do meu governo”. Isso foi só uma gotinha do que aconteceu naquela eleição.
A REELEIÇÃO DE PAULO CÂMARA EM 2018 FOI UM RESULTADO ESPETACULAR DA MÁQUINA DE MOER CAMPANHA SOCIALISTA
PARAFUSOS SOLTOS- Muitos perguntam impacientes o que está acontecendo com a “máquina de moer campanha do PSB” que sempre foi “arrasa quarteirão”. A questão vai muito alem da ciência, do marketing. A engrenagem encontra-se com parafusos soltos, é a definição mais próxima que podemos colocar em relação ao momento atual. O que seria os parafusos soltos? Primeiro se faz necessário entender que Geraldo Júlio foi o grande líder da reeleição de Paulo Câmara em 2018, onde agiu de forma sistemática e feroz para reeleger o aliado. Há quem diga que Geraldo Júlio seria “ele mesmo” a própria máquina depois da partida de Eduardo Campos para outro plano. Uma vez reeleito Paulo Câmara trilhou seus próprios caminhos, mas antes ligou as turbinas e foi pra cima ajudar a eleger João Campos(PSB).
PARAFUSOS SOLTOS 2- O parafuso central dessa engrenagem de fato é Geraldo Júlio(PSB) ex-prefeito do Recife e ex-secretário de desenvolvimento econômico de Eduardo Campos. Depois podemos assimilar que ovelhas desgarradas estimulam a rebeldia. Deixar sem a devida atenção os líderes dos demais partidos que compõem a Frente Popular de Pernambuco ou abrigar os mesmos em cargos nanicos levou a uma insatisfação generalizada e na prática não trouxe retorno algum para o conjunto da obra. Perder apoios importantes a troco de nada traz a conotação de arrogância, superioridade e prepotência. Some-se a tudo isso a maneira deselegante como muitos aliados do segundo e terceiro escalão político foram “tratados”, sem falar nos ex-prefeito e lideranças municipais, deixados de lado, coisa que Eduardo Campos nunca fez e jamais faria em sua condução política. De fato, está faltando muitos parafusos na “Máquina de moer campanha do PSB”.
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