sábado, 23 de julho de 2022

Na Lupa🔍 Sabado 23/07/22, Blog do Edney

BLOG DO EDNEY


NA LUPA 🔎 (ESPECIAL)



O PADRE ADELMAR E O COLÉGIO DIOCESANO DE GARANHUNS


Hoje trazemos uma matéria importante sobre o Padre Adelmar da Mota Valença o “diretor perpétuo” do Colégio Diocesano de Garanhuns. Este colunista também teve a honra de ser ex-aluno deste “Templo Sagrado de Luz e Saber” e no momento em que a Diocese se prepara no intuito de levar os restos mortais do Monsenhor Ademar para dentro do colégio passamos a narrar aqui está importante informação veiculado com exclusividade pelo colega jornalista Carlos Eugênio. Vamos também aproveitar e rever um pouco da história desse ícone de nossa geração que marcou época da educação do nosso Brasil. Um tempo diferente que não volta mais. Vamos lá :

DUAS DÉCADAS- Garanhuns relembrará no próximo dia 8 de agosto, os vinte anos da morte do Monsenhor Adelmar da Mota Valença. A data, apesar de marcada pela saudade, será vivenciada com uma justa homenagem póstuma. É que o Padre Adelmar, voltará para a Casa onde viveu e dirigiu por mais de 40 anos. Isso mesmo, os restos mortais do Monsenhor serão translados para a capela do Colégio Diocesano.

EXUMAÇÃO – Em fevereiro deste ano de 2022, adotando todos os procedimentos sanitários, a Diocese de Garanhuns viabilizou a exumação dos restos mortais de Dom Thiago Póstma e do Monsenhor Adelmar da Mota Valença, que estavam sepultados na entrada da Catedral de Santo Antônio. Uma Celebração de Exumação, que contou com as presenças do Bispo Dom Paulo Jackson, de Padres da Diocese e de familiares marcou o momento.

REVELOU - Foi revelado ao jornalista Carlos Eugênio na época da exumação, através do Padre Josenildo Bezerra, pároco da Catedral, que Dom Thiago seria colocado no ossuário na parede da Catedral, juntamente com os demais Bispos ali sepultados e o Padre Adelmar seria levado para o Colégio. “Lá terá mais visibilidade, pois Ele dedicou a vida ao Diocesano. Sua memória permanecerá viva nos corações das gerações”, registrou o Padre Josenildo. Atualmente, os restos mortais do Padre Adelmar estão depositados em uma urna na Sacristia da Catedral. Além das lembranças e dos exemplos do Padre Adelmar, o Diocesano mantém um Memorial, na Praça que leva o nome do Religioso defronte ao Colégio.

ACERTO- Foi muito acertada a decisão tomada pela Diocese de Garanhuns uma vez que a história do próprio Colégio Diocesano de Garanhuns se confunde com existência do Padre Adelmar da Mota Valença. Foram muitos períodos de fatos e acontecimentos marcantes nas vidas das pessoas, pois o padre moldou gerações e fomentou o caráter de muitos jovens com as suas lições de moral e civismo”, famosas na capela do Colégio. O padre deixou tantas memórias e histórias que inúmeros livros teriam que ser escritos para narrar o vasto conteúdo real da convivência do Padre Adelmar e os seus alunos.


PASSANDO A LUPA 🔎


O MONSENHOR ADELMAR DA MOTA VALENÇA


GARANHUNS- Monsenhor Adelmar nasceu no dia 4 de julho de 1908, tendo chegado em Garanhuns em 1913, com cinco anos de idade. Seus pais vieram de Pesqueira com uma prole já numerosa: Corina, Alódia, Emília, Arlinda, Alcina, Almira e Agobar. Estes, os irmãos mais novos. Depois nasceram: Maria, Anita, Amílcar, Asnar, Abgar, Abigail, Adisa e Armida. Agobar, um dos 16 filhos de Abílio e Emília Valença, foi também padre e morreu ainda moço, deixando a família muito abalada.



SALVADOR/BA- Em Salvador, onde morou pouco mais de dois anos, Adelmar começou a sentir a vocação sacerdotal, o desejo de seguir os caminhos do irmão. Já informado do falecimento do irmão, o futuro diretor do Diocesano escreveu: "Se Agobar tiver tido uma morte santa, entrarei para um seminário, para poder ter também, um dia, uma morte santa".

FORMAÇÃO- Em Garanhuns ele estudou na escola Arthur Maia e depois no Ginásio, como era chamado no início o Colégio Diocesano. Depois continuou seus estudos fora, trabalhou e morou uns tempos no Recife, passou pelo seminário de Olinda, voltando posteriormente para a Suiça Pernambucana, onde ficou até os últimos dias de sua vida.



DIRETOR- Padre Adelmar assumiu a direção do Colégio Diocesano em 1938. Passou 44 anos dirigindo o educandário, que ganhou fama e projeção graças ao seu trabalho, à rígida disciplina, ao corpo docente preparado e a orientação religiosa, que trabalhava ao mesmo tempo a "Ciência e Fé".
Pelas salas do Diocesano passaram muitas pessoas que se projetaram na vida. Na medicina, no direito, na política, na engenharia, em diversas profissões. Os ex-alunos Amílcar, José Inácio, Ivo Amaral, Luiz Souto Dourado, Silvino Andrade e Aloísio Pinto foram prefeitos da cidade. Paulo Guerra, filho do governador Paulo Guerra, terminou deputado estadual. E Carlos Wilson Campos, que foi deputado, senador e governador de Pernambuco.

ADMINISTRADOR - Padre Adelmar é o maior benemérito do Colégio Diocesano de Garanhuns, sendo um dos maiores exemplos de educadores do Nordeste. Em sua administração à frente do Diocesano, construiu 2 pavilhões de aulas, o auditório, a capela, a cozinha e o refeitório, a quadra de esportes, a piscina, o prédio do Curso Primário e o Ginásio do Arraial, que hoje com justiça chama-se Colégio Mons. Adelmar da Mota Valença.
Como educador, graças ao seu grande trabalho à frente do Diocesano, foi com justiça que recebeu dezenas de medalhas e diplomas. É cidadão honorário de Garanhuns, Brejão e São Bento do Una.


ETERNO DIRETOR- Mons. Adelmar é o grande Mestre do Colégio Diocesano de Garanhuns, o verdadeiro Gigante, que para perpetuar sua lembrança, a praça onde fica o Colégio recebeu o seu nome. Ao grande sacerdote, educador e amigo, fica a eterna gratidão de todos que um dia tiveram a oportunidade de frequentar o velho casarão. Faleceu em 08 de agosto de 2002. Importante citar que como fonte de pesquisa de nossa coluna de hoje também acessamos o blog do Anchieta Gueiros que é um verdadeiro memorial da história de nossa cidade.

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