segunda-feira, 17 de outubro de 2022

TAXISTAS DE CARUARU REVOLTADOS COM "INVASORES" E A GESTÃO

No Terminal Rodoviário de Caruaru,  no Agreste Pernambucano, o transporte de passageiros contratado pelo aplicativo Uber ainda não é uma ameaça para os taxistas. Mas os motoristas particulares contratados pela internet, os invasores estão dando prejuízo assim mesmo, principalmente para os taxistas que pagam suas taxas e trabalham regularmente. A maior guerra dos taxistas em Caruaru é com os “piolhos”, como são chamados os motoristas que chegam em carros sem cadastro ou critério nenhum e oferecem corridas por um preço mais acessível. Muitas vezes essa concorrência acaba em agressão física, admitem os próprios taxistas, que estão partindo para a briga. “Os piolhos invadem o terminal e batem nos taxistas. Um colega meu teve o braço quebrado. A gente desce do carro e parte para a briga também”, conta Túlio Corrêa, de 43 anos, taxista de uma cooperativa.

Os táxis regulares de Caruaru somente podem levar passageiros mas têm que retornar muitas vezes vazios, explica Rita Luziete, coordenadora operacional de uma cooperativa de táxi da capital do Agreste. “Os invasores estao dando prejuízo para todo mundo em Caruaru, a prefeitura desde a última gestão só faz cobrar taxas e impostos, a gente trabalha certo e os "invasores" tomam nossos clientes em carros sem cadastro, sem pneu, sem nenhum critério, muitas vezes de fora da cidade e até do estado.
São motoristas particulares que estão tomando os passageiros das cooperativas de táxi e dos taxistas conhecido, que trabalham por conta própria e que não estão ligados a uma central de rádio”, reclama Rita.

Em janeiro, uma briga entre taxistas e invasores  quase acabou em morte em Caruaru. Segundo a Polícia Militar, 12 taxistas revoltados partiram para cima de invadores, que conseguiram fugir em um Corolla e dispararam quatro tiros em direção aos taxistas. Ninguém foi ferido. Segundo a PM, até hoje, ainda há muita desavença entre eles, que até chegam a descer dos carros para discutir, quando reconhecem os desafetos.

Ontem, o taxista Edilson Borges de Lima, de 45, ficou revoltado com três invasores que pegaram seis passageiros que tinham acabado de desembarcar de um onibus. “Anotei a placa do carro de um deles e passei para a PM, para a minha cooperativa e para todos os meus colegas”, disse ele, que afirmou ter descoberto mais uma tática dos invadores para driblar a fiscalização. Um clandestino, usando roupa sem identificação fica no setor de desembarque do terminal segurando uma placa, com o nome de uma empresa, simulando esperar por alguém específico. “O invasor abordou seis passageiros, combinaram o preço da viagem e telefonou para dois comparsas que estavam de carro nas imediações. O homem de saiu para apanhar o carro preto dele no estacionamento e retornou com mais dois carros. Cada carro pegou dois passageiros e foram embora”, denuncia o taxista. Enquanto os passageiros aguardavam pelos invadores, Edilson conta que se aproximou e fingiu conhecê-los da empresa citada na placa. “Disseram que não eram da empresa e que não conheciam o homem. Combinaram a viagem ali na hora”, disse o taxista.

O taxista Túlio Corrêa conta que os invasores costumam ficar perto dos caixas eletrônicos, onde abordam passageiros que chegam de onibus e sacam dinheiro. “Também ficam perto das bilheterias dos ônibus executivos.
Quando são três pessoas juntas na fila, que pagariam um total de R$ 30 de ônibus, eles oferecem a viagem pelo preço de um táxi – R$ 45. Alegam que de ônibus vão ter que pagar outro deslocamento no Centro de Caruaru e prometem deixá-las em casa ou qualquer outro lugar”, conta Túlio. Se a pessoa achar caro, eles fazem por R$ 30, segundo Túlio.

USUÁRIOS Passageiros ouvidos ontem pelo Blog do Edney estão divididos entre a rapidez no deslocamento de táxi e o preço dos invadores. 
A autônoma Paula Viana, de 32, sempre viaja de onibus e prefere ir para Rodoviaria de táxi. “Quando venho no meu carro e pego o Onibus, o estacionamento fica muito caro”, disse. 

Taxistas criaram um serviço de orientação ao usuario. Também falamos dos riscos do transporte clandestino, pois se acontecer algum imprevisto na viagem, eles vão ficar sem qualquer assistência”, disse o vigilante, que pediu para não ser identificado. “Os invasores são muitos. Quando identificamos um, chamamos a polícia”, disse. A Polícia Militar informou que os carros clandestinos são apreendidos e multados, mas não informou dados estatísticos.
A Prefeitura não se pronunciou ao Blog sobre o assunto, taxistas de outros pontos além da Rodoviária também reclamam da falta de fiscalização aos clandestinos.
Desde a gestão Raquel Lyra sofremos com o descaso e falta de atenção com nossa categoria, ela e seu substituto são Nulos para nós que pagamos taxas e trabalhamos certos, diz Roberval Gomes, 46 anos, taxista na Agamenon Magalhaes, ponto do Central.


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