sábado, 31 de dezembro de 2022

A SACADA INTELIGENTE DE RAQUEL LYRA



Por Geovani Oliveira
De maneira inteligente e fazendo jus a dois vetores, um refere-se à inovação política ao lançar novos nomes que no futuro poderão mudar de balcão, indo do técnico para a política e o outro não menos importante vetor, representado pela regra de que ninguém governa o governante. Com base nessa última premissa, a governadora eleita chamou para si o resultado futuro que o seu governo apresentará. Ela iniciou a era Raquel Lyra. Uma era, já demostrada de saída com o anúncio de um - desconhecido- leque de secretários, formado em maioria por mulheres de alto gabarito técnico. Raquel mandou um grande recado implícito também. Ela quis dizer que - se houve a era de Eduardo Campos, agora inicia-se a era de Raquel Lyra. Vai imprimir novos paradigmas na arte de governar e vai testar novas metodologias. Com relação a classe política, em sua maioria adepta da barganha de cargos e benesses, há um segundo recado, de que o governo é constituído para dar resposta a população pernambucana. O foco é melhorar todos os índices que medem o desenvolvimento estadual, lançando-os para o alto. Alguns podem achar uma tarefa arriscada. Há quem diga que ela quer “inventar a roda”, mas ocorre que após 16 anos de um eterno governo socialista em nosso estado, já estávamos num ponto em que os detentores de cargos comissionados estavam se sentindo - donos perpétuos - das funções e muitos , já cansados de não fazer nada, diga-se de passagem, estavam simplesmente atrapalhando o caminho do desenvolvimento. Claro que é aquela coisa conhecida em que o cara nem faz nem deixa ninguém fazer. É dessa forma que uma gestão caminha para o fracasso, quando há  fadiga de material, no caso diversos cargos ocupados por políticos e seus asseclas já não serviam de nada na estrutura governamental, sem falar que com o tempo o salário dessas pessoas foi sendo corroído pra inflação, crises e outros fatores e vai pra frente já não havia estímulo pra fazer nada. 
Ao determinar um novo estilo, e sobretudo, desde já, mostrar quem manda, quem decide e quem apita nesse jogo, a governadora Raquel Lyra mostra que tem pulso, decisão e comando. Diferenciais muito importantes na época que vivemos. Muitos políticos que abraçaram de última hora o nome de Raquel Lyra o fizeram não pelo estado de Pernambuco e sim, pela sua sobrevivência política nos arredores do poder. Alguns com a mente na teses Franciscana do “é dando que se recebe” e outros simplesmente querendo ascender na mesma prática por cima de outros políticos, como se houvesse uma competição para ver quem interfere no governo e o “coloca de joelhos”, que é uma prática comum no Brasil. Enganaram-se ao cubo ao não enxergarem que Raquel Lyra sabe o que faz, como faz e de que maneira faz. 
Sua trajetória política fala por si mesmo. Ela apesar de família tradicional na política, ascendeu pelo seu esforço pessoal e não foi alçada aos cargos que exerceu por influência familiar e sim pela sua determinação e capacidade de enfrentamento, mesmo nos casos de alto risco. Sua história é de superação pessoal e de muita disciplina na busca dos seus objetivos. 
Essa é a nossa governadora. E a partir de agora, teremos uma nova modalidade de governo, porém um governo com o corpo, a mente e a cara de Raquel Lyra.  Em tempo votei em Marília Arraes nos dois turnos da eleição. 

(Foto de 2011 quando ambos foram agraciados com a medalha do “Mérito Penitenciário”)

*Foi gestor dos servidores na Secretaria de Administração de Pernambuco e Prefeito duas vezes de Itaquitinga/PE, Zona da Mata.

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