Dono de ônibus diz que recebeu R$ 18 mil em espécie para levar bolsonaristas a Brasília
Acampamento de golpistas no DF – Foto: Cristiano Mariz
Em declarações à Justiça, duas empresas contratadas para transportar simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para os atos golpistas do último dia 8, em Brasília, afirmaram que os pagamentos pelas viagens foram feitos em espécie.
De acordo com informações do jornal O Globo, os ônibus pertencentes à Sidcar Transportes, de Franscisco Beltrão (PR), e da Naldo Locadora e Turismo, de Lins (SP). Os veículos foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal após os atos terroristas.
Sidinei Carlos Ghidini, dono da empresa idcar Transportes afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que haviam procurado-o pelo WhatsApp e que o valor combinado foi de R$ 18 mil. O pagamento teria sido feito em frente ao Quartel-General do Exército de Francisco Beltrão. Vale destacar que quem recebeu a quantia foi Cátia Daiana Grohs Ghidini, mulher e sócia de Sidinei.
“Tudo acertado via WhatsApp, o pagamento foi feito a Sra. CÁTIA, que recebeu o valor em espécie, diretamente das mãos de Sr. CARLOS, advogado acima citado, que também entregou a lista definitiva de passageiros”, disse Ghidini em depoimento.
Já no caso da Naldo Locadora e Turismo, a informação sobre o pagamento consta em um e-mail enviado pela empresa ao Ministério Público. William Bonfim Norte, um dos funcionários da empresa, afirmou ter recebido dois pagamentos em espécie no valor de R$ 10 mil cada. Foram fretamento de dois ônibus que saíram de Lins, cidade a cerca de 900 km da capital federal.
“O valor pago pela viagem feita a Brasília foi de 10.000 reais cada ônibus fretado, me trouxe por volta de 13:00 horas do dia 06/01/2023 a quantia de 10.000 reais em espécie e por volta das 17:00 horas do dia 06/01/2023, solicitou outro ônibus placa DPE-1B20 para levar mais 16 pessoas, me pagando 10.000 reais em espécie, alegando que esse carro só iria levar o pessoal e voltar vazio”, diz trecho do relato enviado ao Ministério Público.
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