Anderson Torres demonstra interesse em delatar, dizem fontes da PF
Ex-ministro de Bolsonaro está preso desde 14 de janeiro em um quartel da Polícia Militar de Brasília. Defesa de Torres nega
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres demonstrou interesse em firmar um acordo de delação, afirmam fontes da Polícia Federal consultadas pelo Correio. Torres, que também é ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, está preso desde 14 de janeiro suspeito de envolvimento com os atentados que ocorreram contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Nos últimos dias, a situação do ex-ministro ficou mais complicada. A Polícia Federal identificou um documento de inteligência que mapeou onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve mais votos no primeiro turno das eleições. Também identificou uma viagem dele à Superintendência da PF na Bahia na véspera da votação de 30 de outubro. Procurada pela reportagem, a defesa de Torres nega que o cliente esteja negociando qualquer acordo de delação.
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Os advogados que estão com o caso atualmente assumiram a defesa do ex-secretário na semana passada e ainda estão se inteirando da investigação. Fontes na corporação afirmam que Anderson Torres teme ser condenado e passar anos preso, o que faz com que ele cogite apontar outras pessoas que teriam responsabilidade na articulação de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atrasaram eleitores em estados do Nordeste.
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