terça-feira, 23 de maio de 2023

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL EM ÁGUA PRETA

Juliana Albuquerque – repórter do Blog do Magno
A Polícia Federal, com apoio da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, deflagrou, hoje cedo, a Operação Dilúvio. Visa cumprir 27 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional da 5ª Região, para apurar a prática de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros, atribuídos a agentes públicos, servidores, empresários e particulares na prefeitura de Água Preta.

Segundo a investigação em curso, o atual prefeito do município, Noelino Magalhães de Oliveira Lyra (PSB), teria contratado emergencialmente uma empresa para prestação de serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do município. Chamou a atenção, porém, o fato de a empresa estar localizada a mais de 110km da sede do contratante, uma vez que foi constatado que há várias outras empresas na região atuando no mesmo ramo. Nesse sentido, apurou-se a existência de indícios de relações pessoais estreitas entre o prefeito e o verdadeiro proprietário da empresa contratada. 

Segundo a investigação, a empresa envolvida foi contratada pela mesma Prefeitura com indícios de fraude ao caráter competitivo do processo licitatório, sendo que até o presente momento a relação contratual permanece vigente, não obstante os evidentes indícios de superfaturamento. Além disso, no curso da execução do contrato, foi comprovado que o fornecedor custeou despesas com passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa, a qual ocupa o cargo de secretária municipal, o que caracteriza, em tese, o crime de corrupção.

Ao longo da investigação também foram coletadas evidências de utilização de diversas contas de “laranjas”, empresas fantasmas ou de postos de gasolina para movimentar o dinheiro desviado dos cofres públicos, e também decorrente de possível prática de agiotagem por parte do prefeito. 

No total, estão sendo empregados na presente ação 140 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da CGU. Além da sede da prefeitura de Água Preta,  os mandados de busca e apreensão são também para os locais onde os suspeitos envolvidos na investigação têm residência comprovada. Nas cidades do Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré

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