BLOG DO EDNEY
Na Lupa 🔎
Por Edney Souto.
A DIFÍCIL TAREFA DE SE DESTACAR COMO DEPUTADO FEDERAL EM BRASÍLIA
Vamos analisar um tema que muita gente ainda não percebeu que é o fato de alguém se eleger deputado federal e sumir dos jornais, noticiários e mídias jornalísticas. O Congresso é bicameral, logo composto por duas Casas: o Senado Federal (integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (os 26 estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados (integrada por 513 deputados federais, que representam o povo). Imagine caro leitor aqui NA LUPA o cara se destacar e aparecer, sobretudo na Câmara Federal não é uma tarefa pra amador.
BAIXO CLERO - Na política brasileira, baixo clero é uma expressão usada para designar parlamentares com pouca expressão na Câmara de Deputados, movidos principalmente por interesses provincianos ou pessoais. Porém, não é só isso, pois cabe acrescentar ai os que antes de chegarem a Brasília, possuíam grande protagonismo nos seus estados de origem e ao chegarem a compor o colegiado de 513 deputados, simplesmente sumiram da mídia. Há uma explicação natural que aponta para a qualidade do mandato de cada parlamentar. É preciso ousadia para quebrar a bolha do baixo clero.
COMO FUNCIONA- muitos chegam ao congresso nacional eufóricos e logo são literalmente engolidos pela 'velha política', como por exemplo os novatos que surfaram na onda de 2018 junto com Jair Messias Bolsonaro e logo em seguida submergiram no baixo clero do Congresso. A grande maioria dos parlamentares não conseguiu alçar funções de comando, nem chegou perto de abalar estrutura de mordomias e de relações promíscuas com o Executivo, cujo combate foi bandeira de campanha de vários deles. Tiveram que se contentar em ver a banda passar. Agora em 2022 vários triunfaram e saíram nas Assembleia Legislativas direto para a Câmara Federal. Aqui em Pernambuco, não vamos citar nomes, existe aqueles que literalmente se “apagaram” a nível da compreensão do eleitor. Não é uma coisa fácil, mas muitos acham que estão bem e até se deslumbram com o salão verde, porém aqui em nosso estado, ninguém nem lembra em quem votou. Por outro lado ficam livres pra atuar confirme a sua aspiração.
MANTER É INCÓGNITA- A dúvida que surge e muitos só enxergarão lá na frente pois ainda estão deslumbrados por terem sido alçados ao poder do Planalto Central, a dificílima arte de se reeleger. Quem deu uma aula de como se destacar foi o deputado federal Fernando Rodolfo que em seu primeiro mandato trabalhou calado e alardeando. Apostou em pautas específicas e complexas e levou pra casa a reeleição, que muitos apostavam ser impossível. Rodolfo agora conhece o caminho das pedras. Aparecer e o melhor remédio pra tirar a cabeça do baixo clero.
A velha guarda da política não costuma facilitar para novatos e quase sempre não são escalados para compor importantes comissões temáticas que são a chave do holofote da mídia nacional. Ser relator ou presidente de projetos importantes confere status é um certo grau de respeito modelando o mandato parlamentar. Já tivemos grandes nomes na Assembleia Legislativa de Pernambuco que ao mudarem de endereço para Brasília, encerraram a carreira de forma inesperada. O objetivo da coluna não é “fulanizar”, porém o Congresso Nacional não é lugar para amadores. É lá que ocorre os jogos mais maquiavélicos da política nesse país. Um deputado federal vai da euforia ao caos em questão de segundos, mas para elevar o nome e o preço tem que ser ou muito hábil ou doido. É isso aí.
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