No cenário político em que o Governo buscava aprovar o piso salarial e o reajuste dos professores estaduais, uma surpresa ocorreu ontem no plenário da Assembleia Legislativa. Por uma margem de 30 votos a favor e 15 contra, inclusive deputados do PSB, o partido de oposição mais expressivo, se uniram para apoiar a medida. France Hacker, Dannilo Godoy, Francismar Pontes, Jarbas Filho, Simone Santana e Eriberto Filho foram os membros do PSB que votaram a favor.
O Solidariedade, partido ao qual a ex-deputada Marília Arraes pertence e que concorreu à eleição para governador do estado, também contribuiu com um voto favorável de Fabrizio Ferraz. A única exceção do partido PL foi o voto contrário do deputado Alberto Feitosa. Feitosa explicou sua posição ao dizer: "Votei contra porque o projeto pode criar uma divisão e desunião entre outras classes trabalhadoras". Ele acrescentou ainda: "Imagine se, em breve, a governadora decidir conceder aumentos salariais apenas para os oficiais superiores da Polícia Militar, deixando de lado os cabos e soldados, ou apenas para aqueles em serviço ativo". Segundo a proposta aprovada, o reajuste de 14,95% será aplicado somente para aqueles que atualmente recebem menos do que o piso salarial de R$ 4.420,55.
O PSB, como o partido com maior representação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), conta com 14 deputados, mas nem todos seguem a orientação de seu líder Sileno Guedes, que também é presidente estadual da legenda. Apesar da recomendação para que a bancada votasse unida contra o Governo, os deputados Hacker, Dannilo e Francismar não apenas mostraram dissidência ao votarem a favor, mas também indicaram uma possível aproximação com a governadora.
Alguns deputados não compareceram à votação, como Lula Cabral e Luciano Duque, ambos do Solidariedade. Já Romero Albuquerque, do União Brasil, estava presente, mas também não votou. Por sua vez, a bancada do PT, composta por João Paulo, Doriel Barros e Rosa Amorim, votou em conjunto contra a proposta do governo, enquanto a bancada do PP, composta por oito deputados, apoiou o Governo.
Certamente, a vitória da Governadora na votação representa um passo importante para consolidar sua base na Assembleia Legislativa. Ao obter apoio de deputados de diferentes partidos, incluindo dissidências dentro do próprio PSB, ela fortalece sua posição política e aumenta sua capacidade de aprovar propostas e medidas importantes para o governo.
Essa consolidação da base é fundamental para a Governadora avançar com sua agenda política e alcançar seus objetivos. Ao garantir o apoio de parlamentares em votações cruciais, como a do piso salarial e reajuste dos professores estaduais, ela demonstra sua habilidade em construir alianças e obter o respaldo necessário para implementar suas políticas.
Além disso, a aproximação de alguns deputados com a governadora sinaliza uma possível ampliação da coalizão governista, abrindo espaço para futuras negociações e acordos políticos. Essa consolidação da base na assembleia legislativa fortalece a posição da Governadora e aumenta suas chances de sucesso na implementação de suas iniciativas e na governabilidade do estado.
Em suma, a vitória da Governadora na votação do piso salarial e reajuste dos professores estaduais é um importante passo para consolidar sua base política na assembleia legislativa, fortalecendo sua posição e possibilitando avanços em sua agenda governamental.
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