Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco suspende greve após decisão judicial
Em Assembleia Geral Extraordinária, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) decidiu suspender a greve que estava prevista para iniciar amanhã. A decisão foi tomada em resposta a uma liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que concedeu ao Governo do Estado a aplicação de multas e descontos salariais aos professores que aderissem à paralisação.
O Sintepe, que representa os Trabalhadores em Educação no estado, afirmou que contestará a decisão judicial no processo e solicitará ao TJPE uma intermediação entre o Sindicato e o Governo para garantir um diálogo mais aberto, que até então estava ausente nas negociações. Além disso, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e outras entidades nacionais, o Sintepe está planejando medidas gerais para assegurar o direito de greve, um direito consolidado na Constituição Federal.
Outra ação imediata do Sintepe será protocolar uma ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em defesa do Plano de Cargos e Carreira da Educação, que foi prejudicado pelas políticas do atual Governo. Segundo Ivete Caetano, presidente do Sindicato, essa atitude do Governo estadual reflete uma postura autoritária e falta de diálogo com a categoria, comprometendo tanto o direito à educação quanto a valorização dos profissionais da área.
O Sindicato planeja intensificar a luta com mobilizações e ações articuladas em conjunto com a comunidade escolar e os estudantes. Aprovou-se a criação de comitês permanentes com trabalhadores em educação e estudantes em todo o Estado de Pernambuco, além de campanhas de mídia em rádios, televisão e outdoors para denunciar o descaso com a educação pública e os trabalhadores que desempenham papel fundamental no funcionamento das escolas.
Enquanto o Sintepe se prepara para contestar a decisão judicial e avançar com ações de conscientização, a audiência no TJPE prevista para julgar a greve pela vida em 2020, a pedido da Procuradoria Geral do Estado, também preocupa, pois pode resultar em novas penalidades para os trabalhadores em educação.
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