Segundo a PF, o grupo criminoso era composto por agentes públicos, servidores, empresários e particulares, atuando principalmente no Sertão. Foram cumpridos 86 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Recife, Camaragibe, Caruaru, Arcoverde, Ibimirim, Afogados da Ingazeira, Itacuruba, Inajá e Salgueiro.
A investigação revelou que o prefeito Welliton Siqueira teria contratado empresas fictícias, ligadas ao mesmo grupo ou aos mesmos empresários, para fornecer materiais e serviços nas áreas de saúde, obras de engenharia, terraplanagem/pavimentação e locação de veículos. Os crimes sob investigação incluem formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, dispensa indevida de licitação, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
As penas máximas para esses crimes, quando somadas, podem chegar a 42 anos de reclusão. Durante as licitações realizadas pela prefeitura de Ibimirim, a polícia identificou indícios de que um dos empresários beneficiados pelo esquema teria indicado uma pessoa para ocupar o cargo de pregoeiro, com o objetivo de garantir a vitória das empresas previamente selecionadas.
Durante as investigações, foram encontradas evidências do uso de diversas contas "laranjas", envolvendo servidores, ex-servidores municipais e pessoas sem recursos financeiros, para movimentar os valores obtidos por meio das atividades ilícitas. Além disso, foram identificadas empresas fictícias que eram usadas para movimentar os recursos provenientes de atos de corrupção e possíveis desvios de verbas públicas
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