terça-feira, 4 de julho de 2023

LIDERANÇAS DO PL FAZEM SILÊNCIO QUE INCOMODA SOBRE INEGIBILIDADE

Silêncio incômodo - A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira de inelegibilidade de Jair Bolsonaro por oito anos expôs a falta de união em torno dele, ainda que o ex-presidente seja tratado como o principal líder de direita do país. Aliados próximos não escondem o desconforto em relação ao silêncio de figuras como os senadores Sergio Moro (União-PR) e Romário  (PL-RJ), os governadores do Rio, Cláudio Castro (PL), de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Junior (PSD) e o líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, Eli Borges (PL-TO) diante da condenação do ex-titular do Palácio do Planalto por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wanjgarten tentou minimizar a falta de manifestações públicas de apoio de alguns aliados emblemáticos, principalmente nas redes sociais. "O apoio privado é mais sincero do que o apoio público", disse Wajngarten. O deputado Bibo Nunes (PL-RS), autor do projeto de lei que prevê a redução do tempo de inelegibilidade de oito para dois anos, diz que “quem fica calado, não tem direito a nada”. - Eles se escondem — - concluiu o parlamentar. Essa decisão (do TSE) foi muito equivocada. A atitude de Bolsonaro era digna de punição, mas nunca esta penalidade. Aliados do ex-presidente também se mostraram insatisfeitos com setores da direita contrários a Bolsonaro. Líderes do Movimento Brasil Livre, por exemplo, foram às redes comemorar a decisão do TSE, mesmo tribunal que havia sido criticado pelo MBL dias antes por cassar o mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A coordenadora do movimento, Amanda Vettorazzo, disse que a inelegibilidade de Bolsonaro representa “um pequeno passo à direita”. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC), do núcleo duro bolsonarista, reagiu no Instagram: “olha o falso aí”. Eles não são de direita. Essas pessoas, quando o Bolsonaro estava no poder, tentaram destruir a imagem dele, fizeram palanque com um sindicalista para derrubá-lo. Agora dizem que a direita foi libertada com a condenação do ex-presidente. Quem for por ali vai cair do cavalo mais uma vez”, disse Zanatta

Nenhum comentário: