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NA LUPA 🔎
Por Edney Souto
CABO DE SANTO AGOSTINHO DE CIDADE REFERÊNCIA A QUINTA MAIS VIOLETA DO BRASIL
O cenário em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, é um retrato do contraste entre o sucesso econômico do passado e a crescente onda de violência que atinge a cidade. Há pouco mais de uma década, a região viveu um período de euforia com a construção de empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul e a expansão do Complexo Industrial do Porto de Suape, além do potencial turístico de suas belas praias. Era uma promessa econômica, mas hoje enfrenta desafios de segurança pública. Vamos abordar esse cenário na coluna de hoje.
ALARMANTE - Segundo o Anuário de Segurança Pública de 2023, Cabo de Santo Agostinho registrou um alarmante índice de 81,2 mortes violentas (homicídios e latrocínios) por cada 100 mil habitantes no ano anterior, colocando-o como a quinta cidade mais violenta do país entre os municípios com mais de 100 mil habitantes.
Moradores e ativistas locais apontam dois fatores cruciais para esse cenário alarmante. Em primeiro lugar, destacam a expansão do crime organizado na região, o que tem impactado negativamente a segurança pública. Em segundo lugar, a ausência de políticas públicas é vista como um dos principais motivos para o aumento da violência. Mesmo em um município relativamente rico, com indústrias, incluindo o polo petroquímico de Suape, pouco é feito para enfrentar esse problema.
FALTOU PREPARAR - A cidade não estava preparada para absorver o fluxo populacional trazido pelo boom econômico. A falta de infraestrutura adequada, como escolas suficientes, contribuiu para a atual situação. A cultura, apontada como uma possível saída para envolver os jovens e afastá-los da criminalidade, também foi negligenciada.
Diante desse cenário, as expectativas dos moradores e a esperança de uma cidade próspera e segura foram frustradas. Ainda que Cabo de Santo Agostinho não esteja sozinho nessa triste estatística, com outras quatro cidades pernambucanas figurando entre as 50 mais violentas do país, o problema exige uma resposta urgente das autoridades.
ESPERANÇA - A governadora Raquel Lyra está prestes a apresentar o programa de segurança pública do estado. A população aguarda ansiosamente por detalhes desse plano, esperando que ele aborde de forma efetiva o problema da violência no Cabo e em outras regiões afetadas.
Enquanto isso, moradores como Kátia Raissa, ativista da Rede Malala, expressam e sua frustração com a situação atual, onde as promessas de desenvolvimento econômico parecem distantes diante do sombrio quadro de violência.
DESAFIO - A cidade de Cabo de Santo Agostinho enfrenta um desafio complexo, mas é essencial que ações concretas sejam tomadas para combater o crime organizado e implementar políticas públicas eficazes. Somente assim a cidade poderá trilhar o caminho de volta ao crescimento econômico e, mais importante, proporcionar um ambiente seguro e promissor para seus cidadãos. Que a paz volte a reinar! É isso aí!
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