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NA LUPA 🔎
Por Edney Souto.
UMA TRAJETÓRIA POLÍTICA MARCANTE: A VIDA E LEGADO DO ADVOGADO E POLÍTICO BRASILEIRO RICARDO FIUZA
Nesta Coluna Na Lupa, iremos explorar a vida e carreira política do advogado, pecuarista e político brasileiro, nascido em Fortaleza, Estado do Ceará, que teve uma notável trajetória política em Pernambuco. Ele participou ativamente da política nacional, chegando a ocupar cargos de destaque durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello. Vamos conhecer suas contribuições, desafios enfrentados e legado deixado para o país. Vamos lá!
ASCENSÃO POLÍTICA - Formado em Direito pela UFPE, Recife, o advogado cearense iniciou sua carreira política como Deputado Federal em 1971, sendo reeleito por mais cinco mandatos consecutivos. Durante seus anos na Câmara Federal, passou por diferentes partidos, destacando-se por sua atuação representando o Estado de Pernambuco.
DESTAQUE - Durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello, ele licenciou-se do mandato de Deputado Federal para ocupar cargos importantes no governo, como Ministro da Ação Social em 1992 e da Casa Civil da Presidência da República no mesmo ano.
PAUSA - Após a legislação que proibia a reeleição em 1995-1998, ele preferiu dar uma pausa na sua ação política, dedicando-se integralmente à advocacia. Em 1993, enfrentou um momento delicado após ter seus direitos políticos ameaçados de cassação em meio ao escândalo dos anões do Orçamento.
PARTICIPAÇÃO NA CONSTITUINTE - Durante a Assembleia Nacional Constituinte, ele participou como suplente da Subcomissão dos Municípios e Regiões, da Comissão da Organização do Estado (1987). Além disso, exerceu o papel de Relator da Subcomissão de Defesa do Estado, da Sociedade e de sua Segurança, da Organização Eleitoral, partidária e Garantia das Instituições (1987-1988), além de ser Titular da Comissão de Redação Final (1988).
UMA LIÇÃO- O deputado federal Ricardo Fiúza deixou muitos desafetos, mas também uma legião de amigos e seguidores. Sempre firme e com um humor apurado embora tenha sido sempre duro mas de coração gigante. Quem teve a oportunidade de conviver com ele como esse colunista que vos fala sabe bem de muitas verdades que ele colocava no meio mais restrito, o dos amigos. Fiúza tinha defeitos para seus desafetos mas para os seus amigos e até pra adversários ele era fiel e leal que chegava a impressionar. Culto e conhecedor profundo do mundo jurídico, foi o relator do Novo Código Civil Brasileiro, que está em vigor. Fiúza dizia que quando faltava vinte e cinco dias para uma eleição geral, bastava atenção e acesso pois nessa hora sobra votos para se eleger até cinco estaduais e três federais. A tese de Fiúza, faz todo sentido. Ele alegava que nesse período as “forças começam a faltar” e os candidatos começam a não cumprir o que acertaram anteriormente com as suas bases.
UMA LIÇÃO 02- Segundo Ricardo Fiúza, uma parte dos postulantes age de má fé uma vez que os apoiadores não podem mais trocar de candidato sob pena de confundir o eleitor. Ocorre que na teses de Fiúza existem os apoiadores de fibra que não levam desaforo pra casa e que fazem da palavra uma honra. É nessa hora que esses tais apoiadores abrem e assumem o risco de apoiar em cima da hora outros nomes, fazendo surgir aí votos para se eleger até cinco estaduais e cerca de três deputados federais. Isso mostrou-se fato nas últimas eleições.
INVENÇÃO- Criaram o mito errado e espalharam como lenda de que Ricardo Fiúza era uma pessoa que pagava pelo voto e depois sumia. Isso não acontecia. Isso nunca foi verdade. Inventaram que Fiúza após a eleição quando alguém procurava ele pra algo após o período eleitoral ele dizia que: “não devo nada a você, o que você pediu já dei”. Trata-se de uma inverdade e uma grande injustiça pois o deputado federal Ricardo Fiúza sempre foi atento, prestativo e amigo. Essa coisa toda teria sido criada pelo radicalismo dos tempos em que Fiúzão liderou o grupo chamado de “centrão” na Câmara Federal, sobretudo na constituinte de 1988. Fiúza era humanista e muito solidário aos que o apoiavam. Agora presenciamos mais um eleição, a 5ª sem a presença física dele, que faleceu em 2005, constatamos que o fenômeno que ele observava há 20 anos atrás é uma realidade. Muitos por aí a fora não cumprem seus acordos e aqueles que possuem meios legais, procuram cooptar essas bases. Dessa maneira muita gente que é tida como eleita pode perder e muitos que parecem perdidos podem vencer. Ricardo Fiúza está cada vez mais atual nos seus ensinamentos.
DESPEDIDA - O político encontrava-se licenciado de seu oitavo mandato como deputado federal há mais de seis meses, lutando contra um câncer no pâncreas. Sua partida ocorreu em Recife, em sua casa, aos 66 anos. Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco e enterrado no cemitério Morada da Paz, na cidade de Paulista, região metropolitana de Recife. Fiúza morreu em 12 de dezembro de 2005. Deixou um grande legado e está eternizado para sempre memória dos que como este colunista, tiveram a honra de conviver de perto e assessora-lo. Diante do momento que vivemos lembramos de vários ensinamentos que o “Mestre” nos falava sempre e hoje compartilhamos com vocês caros leitores.
A trajetória política de Fiuzão foi marcada por momentos de destaque, desafios e dedicação ao país. Sua atuação representando o Estado de Pernambuco por seis mandatos consecutivos deixou um legado político relevante. Sua partida foi sentida por muitos, mas seu trabalho e memória permanecerão na história política do Brasil. É isso aí!
Um comentário:
Ricardo Fiuza foi um grande amigo do meu pai, e também padrinho de casamento dos meus pais. Cresci vendo seu legado político cada vez mais relevante em crescimento. Tive a sorte de poder ouvi-lo, contando piadas e sorrindo, pois sempre era muito sério.
O mundo perdeu um grande homem, pai e político. Saudades...
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