Pablo Marçal é alvo da PF por suspeita de crimes eleitorais - Pré-candidato à presidência pelo ex-Pros em 2022, mas que acabou concorrendo à Câmara, o coach Pablo Marçal foi o principal alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada ontem e que investiga a ocorrência de crimes eleitorais, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro durante as eleições do ano passado.Na ação, autorizada pelo juiz Antônio Maria Patiño Zorz, da 1ª zona eleitoral de São Paulo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na casa do treinador e de outras três pessoas, além de três empresas do Marçal, todas em Barueri e Santana de Paranaíba, na Região Metropolitana. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marçal chegou a ser eleito. Seu registro, no entanto, foi indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Segundo a PF, os alvos da operação de ontem fizeram doações milionárias para as campanhas de Marçal, "e boa parte desses valores foram posteriormente enviados para as empresas das quais são sócios". Segundo documentos aos quais O GLOBO teve acesso, Marçal começou a ser investigado pela PF após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar 42 movimentações financeiras consideradas suspeitas em suas contas. Na investigação que corre sob sigilo e foi chancelada pelo Ministério Público Eleitoral, a PF destacou que Marçal é sócio de mais de 20 empresas, a maioria criada em 2021. Três deles, alegadamente, foram "utilizados para o trânsito de valores com o objetivo de ocultar o seu real destino", ou seja, foi identificado um repasse de dinheiro entre as campanhas presidenciais e para o deputado para empresas de coaching. De acordo com as receitas e despesas declaradas na Justiça Eleitoral, a campanha de Marçal para presidente recebeu um total de R$ 1,4 milhão em doações, sendo a maioria (R$ 968 mil) doada por ele mesmo. Em seguida, o coach transferiu dinheiro da campanha presidencial para a campanha do deputado.
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