Na pequena cidade de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, a situação da educação infantil é alarmante. Segundo um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apenas 182 crianças entre zero e três anos estão matriculadas na rede pública de ensino, revelando um déficit de 1,67 mil vagas. Essa realidade coloca o município entre os 10 piores do estado, com apenas 7,4% de cobertura para um público-alvo de 3.929 crianças.
Falhas na Gestão Municipal: Além da falta de vagas, o relatório aponta sérias falhas gerenciais e de planejamento por parte da administração municipal liderada pelo prefeito Alexandre Batité (MDB), eleito em 2020. Nenhuma unidade de ensino da rede pública passou por dedetização nos últimos seis meses, e nenhuma possui licença válida da Vigilância Sanitária. Esse cenário compromete a segurança e a saúde dos alunos.
Segurança nas Escolas: Outro aspecto preocupante é a ausência do auto de vistoria do Corpo de Bombeiros em todas as escolas públicas do município. Isso levanta sérias questões sobre a capacidade de resposta em caso de emergências, colocando em risco a vida e a integridade física de estudantes e funcionários.
Nutrição e Alimentação: No que diz respeito à alimentação, apenas 37,5% das unidades voltadas à educação infantil possuem refeitórios para os estudantes. Além disso, em apenas 37,5% das pré-escolas é oferecida mais de uma refeição por dia. Esse quadro compromete o desenvolvimento e a saúde das crianças, que necessitam de uma alimentação adequada para seu pleno crescimento.
A situação da educação infantil em São Bento do Una exige uma ação urgente por parte das autoridades municipais. O déficit de vagas, as falhas de gestão e as questões de segurança e nutrição são problemas que não podem ser ignorados. É fundamental que a comunidade, os pais, educadores e a sociedade como um todo se mobilizem para exigir mudanças significativas e garantir um futuro promissor para as crianças dessa cidade.
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