Desperdício de recursos públicos e atrasos em obras essenciais: Deputado Estadual denuncia gestão no Instituto Agronômico de Pernambuco
O plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi palco de acaloradas discussões nesta semana, quando o Deputado Estadual Abimael Santos, do Partido Liberal (PL), expôs uma série de preocupações relacionadas à gestão atual do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), liderado por Joaquim Neto.
Santos destacou, em sua intervenção na tribuna, a situação crítica de obras de poços artesianos no Agreste. Iniciadas no governo anterior e interrompidas, essas obras são cruciais para garantir o acesso à água potável em regiões de extrema necessidade. O parlamentar revelou que, ao cobrar o gestor do IPA sobre a conclusão dessas obras paralisadas, foi surpreendido pela justificativa de falta de recursos. Este argumento contrasta com a revelação de despesas significativas realizadas pelo instituto.
Um dos pontos levantados foi o custo de aproximadamente R$ 1 milhão para a realização de uma feira sobre agricultura familiar promovida pelo IPA. O Deputado questionou a relevância e prioridade desse investimento diante das obras inacabadas que poderiam atender às necessidades básicas da população local.
Além disso, outra questão que gerou indignação foi a intenção de gastar R$ 600 mil em uma confraternização, evento que acabou sendo cancelado. O Deputado expressou seu desconforto com a disparidade entre a declaração de falta de recursos para obras essenciais e a disposição para investir em eventos não essenciais.
"Ele disse na minha cara que não tinha dinheiro, mas para gastar tem. Sabe quantos poços dava para cavar com esses valores? Quantas pessoas poderiam ter sido beneficiadas?" questionou o Deputado Abimael Santos, enfatizando a prioridade negligenciada das necessidades básicas da população.
O embate entre os representantes políticos na Alepe destaca a importância da transparência na gestão dos recursos públicos e levanta questionamentos sobre a alocação de verbas em um contexto onde obras essenciais permanecem estagnadas. Enquanto isso, a população aguarda soluções concretas para suas demandas básicas, como acesso à água potável.
Este episódio coloca em evidência não apenas as lacunas na execução de obras cruciais, mas também ressalta a necessidade urgente de uma prestação de contas transparente e responsável no uso dos recursos destinados ao bem-estar da população pernambucana.
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