sábado, 30 de dezembro de 2023

CAMPINA GRANDE QUER TIRAR ESCOLA DE SARGENTOS DE PERNAMBUCO

Campina Grande quer tirar Escola de Sargentos do Exército de Pernambuco
Enquanto encontra resistências de grupos de interesses em Pernambuco, a implantação da Escola de Sargentos do Exército (ESA) é disputada por outros atores até mesmo no Nordeste. O blog de Jamildo apurou que o prefeito de Campina Grande, na Paraíba, Bruno Cunha Lima, ligou para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, oferecendo a cidade para abrir o projeto educacional e de desenvolvimento. Bruno Cunha Lima é filiado ao União Brasil (UNIÃO) e foi deputado estadual da Paraíba.

Em entrevista exclusiva ao blog de Jamildo, nesta quinta-feira, o general Joarez, responsável pela implantação do projeto de Estado, já havia repetido que não faltam interessados.

"Toda vez que acontece um ruído aqui, os estados do Rio Grande do Sul e Paraná entram em contato e se oferecem, se colocam como parceiros para sediar a escola". Até a cidade de Campina Grande já procurou o MD se apresentando como alternativa.

O interesse se justifica pela expectativa de geração de emprego e renda. São mais de R$ 200 milhões por ano somente no pagamento de salários aos professores e estudantes, com algo em torno de 5 mil empregos diretos. Algo que poderia mudar a face da porção oeste do Estado.

"Eles (os concorrentes) sabem do ganho com um empreendimento desta magnitude, mas queremos continuar neste rumo, pois o Nordeste precisa mais do que o Sul e o Sudeste", comentou, em um primeiro momento.

"É como se fosse uma nova Aman, agora no Nordeste", já afirmou o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ao explicar os impactos econômicos e sociais do projeto.

Para que tanto sargentos, a gente não está nem em guerra?

Na conversa com o blog de Jamildo, o general Joarez respondeu um questionamento de um integrante do Grupo de Trabalho (GT) criado pela governadora Raquel Lyra, em relação ao empreendimento, na semana que passou.

Joarez explicou que o Exército está passando por uma mudança de paradigmas, porque hoje a formação é concentrada no Sul e no Sudeste.

"No entanto, o Exército brasileiro é nacional, não é (ou não deveria ser) regionalizado. Hoje, a escola de formação de oficiais é em Resende e acaba, pela localização, tendo uma maior atratividade na região que fica em seu entorno, Sul e Sudeste. Com essa nova escola, vamos descentralizar"

Para um bom leitor, descentralizar aqui não representa apenas criar novas oportunidade, na região mais pobre do Brasil, mas também promover a integração nacional por meio e entre as próprias Forças Armadas.

"A escola de sargentos já foi descentralizada, mas hoje a formação se dá em 16 locais pelo Brasil, notadamente Rio de Janeiro e Minas Gerais. O que se pretende é a centralização, em busca de economicidade e foco no processo educacional. Em uma palavra, novamente: o Exército não pode ser regionalizado. Assim, termos maior atratividade no Norte e Nordeste é extremamente positivo (para as Forças Armadas e para o próprio Brasil)"

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