quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

JUSTIÇA SOLTA PMS DO BOPE DE PERNAMBUCO QUE INVADIRAM CASA E MATARAM DOIS HOMENS

Foram soltos na segunda-feira (18) os seis policiais militares que estavam presos por suspeita de invadir uma casa e matar a tiros dois homens durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na comunidade do Detran, no Recife. A informação foi confirmada ao g1 pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), nesta terça-feira (19).

A invasão à casa em que os homens foram mortos foi filmada por uma câmera de segurança. As vítimas, segundo a Polícia Militar, eram suspeitas de tráfico de drogas e teriam trocado tiros com os agentes.

Os PMs estavam presos desde o dia 21 de novembro, quando tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça (veja quem são mais abaixo). Outros três, que também tinham sido detidos, tiveram liberdade provisória decretada.

Em entrevista coletiva um dia após as mortes, o diretor adjunto de Planejamento Operacional da Polícia Militar, coronel Fred Saraiva, disse que os policiais militares tinham um chamado para o bairro Casa Amarela, na Zona Norte da cidade, quando desviaram e foram para a comunidade.

O caso resultou ainda no afastamento e substituição do comandante do Bope, tenente-coronel Wambergson Correia Melo.

De acordo com o TJPE, a soltura dos seis PMs foi determinada durante audiência na Vara de Justiça Militar, que analisou o pedido de revogação da prisão preventiva dos acusados. O pedido foi atendido e os PMs receberam liberdade provisória sob a condição de cumprir medidas cautelares.

Na decisão, o juiz considerou que, após a apresentação de denúncia contra eles, com a oitiva de testemunhas, não havia risco de que os suspeitos pudessem atrapalhar o andamento das investigações.

"A partir de agora, o processo seguirá para as fases de inquirição das demais testemunhas, interrogatórios dos acusados e julgamento no processo", informou o texto da decisão.

Prisão preventiva

Os PMs que estavam presos são:

Carlos Alberto de Amorim Júnior;

Ítalo José de Lucena Souza;

Josias Andrade Silva Júnior;

Brunno Matteus Berto Lacerda;

Rafael de Alencar Sampaio;

Lucas de Almeida Freire Albuquerque Oliveira.

Já os policiais identificados como Jonathan de Souza e Silva, Carlos Fonseca Avelino de Albuquerque e Valdecio Francisco da Silva Júnior receberam liberdade provisória, a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Segundo o TJPE, eles devem cumprir, ao menos, três medidas cautelares:

Comparecer perante o juiz que ficar responsável pelo processo, no primeiro dia subsequente à audiência e depois, mensalmente, para informar e justificar suas atividades;

Não se dirigir ao local onde ocorreu o fato e suas proximidades, devendo permanecer distantes dessas localidades, para evitar o risco de novas infrações;

Suspender as atividades profissionais, devendo restringir suas atuações à área interna do batalhão onde estão lotados, sem uso de arma de fogo.

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