A CONTURBADA SITUAÇÃO POLÍTICA DE ÁGUA PRETA

Em Água Preta, a política local vive um momento de incerteza e expectativa, com a iminência de uma eleição indireta marcada para setembro, onde os treze vereadores do município terão a responsabilidade de escolher o novo prefeito. Esse pleito atípico definirá o líder que estará à frente da cidade até o final deste ano. Entre os principais nomes em disputa, destaca-se Neto Cavalcanti, do PSDB, cuja candidatura é fortalecida por uma aliança política robusta. Com o apoio de nove dos treze vereadores, Cavalcanti parece caminhar com relativa tranquilidade para assegurar a vitória e, consequentemente, o controle do Executivo municipal.

Contudo, os bastidores políticos indicam que a tranquilidade de Neto Cavalcanti pode ser breve. Mesmo com uma vantagem numérica no legislativo, ele enfrenta um obstáculo significativo em sua trajetória: um recurso pendente no Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa entre seus aliados e opositores é que o resultado desse julgamento não seja favorável a Cavalcanti, o que poderia resultar em uma reviravolta nas eleições. Diante desse cenário, seu grupo político já começa a considerar a necessidade de substituir o candidato, reconhecendo que o quadro jurídico pode não se alinhar aos planos iniciais.

Enquanto isso, o PSB, que inicialmente apresentou Miruca como seu candidato, parece ter se retirado da disputa direta, passando a apoiar João Fernando Coutinho, do Solidariedade. Essa mudança de estratégia indica que o PSB, consciente das dificuldades enfrentadas por Neto Cavalcanti, prefere se concentrar na composição do legislativo, lançando candidatos fortes para a Câmara Municipal. Assim, a eleição indireta para a Prefeitura de Água Preta se desenha como um evento repleto de incertezas e manobras políticas, onde o resultado final pode estar longe de ser previsível.