A trajetória política do ex-prefeito de Correntes, Edmilson da Bahia, está imersa em desafios jurídicos e complicações que ameaçam sua volta ao cenário eleitoral. Após liderar o município por três mandatos, Edmilson agora enfrenta uma série de impedimentos legais que podem impedi-lo de concorrer nas eleições até 2031. O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) rejeitou suas contas referentes aos anos de 2014, 2015 e 2017, apontando irregularidades graves, como a ausência de repasses obrigatórios à Previdência, situação que o coloca na lista de gestores com contas irregulares.
A situação do ex-prefeito também é delicada no âmbito federal. Edmilson consta na lista de gestores irregulares do Tribunal de Contas da União (TCU), após ter suas contas rejeitadas no processo 008.841/2022-5, onde foi condenado a devolver recursos provenientes de convênios. Diante dessas adversidades, o ex-prefeito recorreu ao Judiciário na tentativa de reverter as decisões desfavoráveis. Ingressou com ações tanto na Justiça Estadual quanto na Justiça Federal, buscando anular os julgamentos que condenaram sua gestão.
Na esfera estadual, Edmilson buscou anular os pareceres da Câmara de Vereadores de Correntes, porém, seu pedido de liminar foi negado pela Justiça. Persistente, o ex-prefeito levou a questão à Justiça Federal, onde acionou a 6ª Vara Cível do Distrito Federal, requerendo a anulação da decisão do TCU. Contudo, mais uma vez, seu pedido de liminar foi rejeitado. Em uma manobra jurídica adicional, Edmilson ingressou simultaneamente com outra ação na 23ª Vara da Justiça Federal de Garanhuns, com o mesmo intuito de reverter a decisão do TCU, mas o processo ainda aguarda julgamento.
Apesar dos esforços e da insistência em reverter sua situação, os sinais não são favoráveis para o ex-prefeito. A postura de desafiar as decisões dos órgãos de controle e da Justiça tem gerado especulações sobre a viabilidade de sua candidatura. No município de Correntes, cresce a expectativa de que Edmilson poderá desistir da disputa eleitoral, diante da iminente inelegibilidade que o assombra. O cenário indica que, salvo uma reviravolta improvável, o ex-prefeito permanecerá inelegível até 2031, o que o afastaria por um longo período das disputas políticas. A luta judicial de Edmilson da Bahia, longe de garantir sua elegibilidade, tem reforçado a percepção de que a Justiça está cada vez menos inclinada a permitir sua participação nas próximas eleições.
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