A fala de Manuella, realizada durante uma reunião com moradores, não foi apenas um ataque à gestão de Dona Graça, mas uma denúncia sobre a negligência nas áreas mais vulneráveis de Itambé. Para a candidata do PDT, o estado do saneamento básico na cidade é alarmante, com esgoto a céu aberto e redes de água precárias, fatores que agravam as condições de vida da população e fomentam o surgimento de doenças, como a dengue e a leptospirose.
Essa problemática é ainda mais agravada pela falta de pavimentação adequada, que transforma ruas e avenidas em um campo minado de lama e buracos durante o período chuvoso. A precariedade das vias não só dificulta o trânsito de veículos e pedestres, mas também impede o acesso a serviços básicos de saúde e educação, criando um ciclo de exclusão social.
Para Manuella Mattos, essas deficiências representam uma falha sistêmica na administração pública municipal, que, segundo ela, tem priorizado interesses políticos em detrimento das reais necessidades da população. Ela sustenta que a omissão da gestão de Dona Graça na implementação de políticas efetivas de infraestrutura tem um preço alto: o aumento das internações hospitalares por doenças evitáveis. "É inaceitável que nossa cidade enfrente tantos problemas de saneamento básico e falta de pavimentação adequada. Esses problemas estão diretamente relacionados ao aumento de doenças na população”, disse a candidata.
Ao destacar a gravidade da situação, Manuella propõe uma reviravolta nas prioridades da gestão pública, enfatizando a necessidade de investimentos robustos em infraestrutura. Segundo ela, essas melhorias são fundamentais não apenas para o bem-estar dos cidadãos, mas também para a sustentabilidade econômica de Itambé. Um município com infraestrutura sólida, defende Manuella, atrai investimentos, gera empregos e, principalmente, promove um ambiente mais saudável para seus habitantes.
O discurso de Manuella Mattos não se restringiu à crítica; ela fez questão de traçar um paralelo entre a realidade de Itambé e outras cidades da região que, mesmo com menos recursos, conseguiram superar desafios semelhantes. Para ela, a comparação serve como um alerta de que a falta de avanços não é uma questão de falta de possibilidades, mas de ausência de vontade política e de uma gestão que priorize o bem comum.
Nesse embate de narrativas, Dona Graça, que busca a reeleição, tem adotado uma postura defensiva, argumentando que sua administração tem realizado intervenções importantes, embora reconheça que há muito a ser feito. No entanto, as palavras de Manuella parecem ecoar entre os eleitores que vivem, diariamente, as consequências da precariedade da infraestrutura. O clima em Itambé reflete a tensão de uma cidade que, em meio a tantas carências, busca uma nova direção, um novo caminho que possa finalmente romper com os problemas que, há décadas, afligem sua população.
O debate sobre saneamento e pavimentação em Itambé transcende o campo eleitoral, tocando na essência do que significa viver em uma cidade justa e desenvolvida. É uma questão de dignidade, de garantir que cada cidadão tenha acesso ao básico, ao mínimo necessário para viver com saúde e segurança. E é nesse ponto que a candidatura de Manuella Mattos pretende se diferenciar, propondo uma gestão que olhe para o futuro, mas que não esqueça de resolver os problemas do presente. Uma proposta que, se concretizada, pode redefinir o destino de Itambé, dando à cidade e aos seus moradores uma nova esperança de dias melhores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário