Em Iati, uma denúncia grave sacudiu o cenário eleitoral. O prefeito Tonho de Lula, ao lado de sua candidata à sucessão, Camila Souza, e outros membros de sua equipe, foi acusado de tentar comprar votos com dinheiro público. A situação ganhou contornos alarmantes após um episódio envolvendo o uso de recursos do Fundo Municipal de Educação para cooptar eleitores durante a campanha.
O fato ocorreu na noite de 29 de agosto de 2024, quando Tonho de Lula, acompanhado de Camila Souza, do candidato a vice-prefeito Marquinhos Tenório, de seu filho Antônio José, atual secretário de obras, e de Adriano da Ambulância, visitou José Rafael, um morador da cidade. Em meio à conversa, o prefeito perguntou a Rafael sobre a possibilidade de apoio à candidatura de Camila Souza. Rafael, por sua vez, mencionou que precisava de R$ 4 mil para consertar seu carro, e Tonho de Lula, junto com Camila, se comprometeram a pagar R$ 2 mil em troca de seu apoio político, solicitando o Pix de Rafael para realizar a transferência na manhã seguinte.
No entanto, o valor não foi depositado no horário combinado. Rafael foi, então, abordado por Bié do Catolé, candidato a vereador da oposição, e decidiu mudar de lado, imaginando que o prefeito havia desistido do acordo. Porém, por volta das 16h do dia 30 de agosto, Rafael recebeu dois depósitos de R$ 1.000,50, totalizando os R$ 2 mil prometidos. O que surpreendeu ainda mais foi a origem dos depósitos: o Fundo Municipal de Educação, gerido por Marluze de Oliveira Ferro. A situação se complicou quando Tonho de Lula, ao ver uma foto de Rafael ao lado de Bié do Catolé, foi pessoalmente até sua casa exigir a devolução do dinheiro. O valor foi devolvido via Pix à conta de Edjane Maria de Santana, secretária de cultura e esportes de Iati.
Diante desses acontecimentos, a candidata da oposição, Maria Augusta, decidiu acionar a justiça. Os advogados Paulo Fernando e Luiz Petribú protocolaram uma ação pedindo a cassação de Tonho de Lula, Camila Souza e Marquinhos Tenório, denunciando o uso de recursos públicos para beneficiar uma candidatura, o que configura uma grave violação da legislação eleitoral. O caso foi formalizado sob o Número de Protocolo: 0600263-43.2024.6.17.0136, na 136ª Zona Eleitoral de Saloá, PE, e agora ameaça a integridade do processo democrático na cidade. Pode resultar na perda de mandato do prefeito, sua inelegibilidade por oito anos, além de colocar em risco a chapa de Camila Souza e Marquinhos Tenório. O futuro político de Iati está, portanto, imerso em incertezas, enquanto a justiça avança na investigação dessa tentativa de manipulação do processo eleitoral.
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Um comentário:
Se forem realmente investigar acha tanta coisa desse governo. Mas não dá em nada!!
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