A influenciadora Deolane Bezerra, conhecida por sua atuação nas redes sociais e envolvimento em polêmicas, segue em prisão preventiva após decisão da Justiça de Pernambuco. Durante uma audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (11), de forma virtual, a partir da Colônia Penal Feminina de Buíque, no agreste pernambucano, o Juízo manteve a detenção da influenciadora. O foco da análise foi a legalidade do cumprimento do mandado, sendo que a audiência se limitou a verificar os aspectos formais da prisão, sem revisar as acusações de lavagem de dinheiro e envolvimento com jogos ilegais.
Deolane Bezerra havia sido transferida para prisão domiciliar, mas essa medida foi revogada nesta terça-feira (10), após a influenciadora descumprir regras impostas pela Justiça. Ao sair da cadeia, Deolane conversou com a imprensa, o que era proibido, e posteriormente publicou uma foto no Instagram em que aparecia com uma fita na boca com um "X" desenhado, em uma aparente crítica à sua situação. Esses atos foram considerados violações das condições de sua prisão domiciliar, levando à revogação da medida e ao seu retorno para o presídio.
A operação policial que resultou na prisão de Deolane, denominada "Integration", também prendeu sua mãe, Solange Bezerra, que permanece detida na Colônia Penal Feminina do Recife. Ambas são investigadas por suspeitas de envolvimento em atividades criminosas relacionadas à lavagem de dinheiro e jogos de azar.
A situação de Deolane Bezerra ganha ainda mais atenção por sua proximidade com um dos casos criminais mais chocantes da história recente de Pernambuco. A influenciadora divide o mesmo complexo prisional com as chamadas "Canibais de Garanhuns", duas mulheres condenadas por envolvimento no assassinato de pessoas e na venda de carne humana em salgados na cidade de Garanhuns. O caso, que horrorizou o estado e ganhou repercussão nacional, ocorreu há mais de uma década, mas continua vivo na memória popular.
A Colônia Penal Feminina de Buíque, onde Deolane está presa, fica a aproximadamente 280 km do Recife. Trata-se de um presídio que abriga cerca de 100 mulheres, divididas em dois pavilhões. Um deles acomoda cerca de 70 presas, enquanto o outro é destinado a pouco mais de 30 detentas. Por questões de segurança, Deolane foi mantida em uma cela separada, devido ao grande número de internas e à necessidade de evitar possíveis conflitos, dado seu perfil público e o interesse midiático que sua prisão tem despertado.
O caso de Deolane Bezerra, assim como sua prisão, gerou grande repercussão, tanto no meio jurídico quanto nas redes sociais, onde a influenciadora possui milhões de seguidores. A continuidade de sua prisão preventiva abre um novo capítulo na investigação que busca elucidar seu envolvimento em crimes financeiros. A influência de Deolane no cenário digital e sua notoriedade pública tornam esse processo alvo de amplo debate e especulação, tanto entre especialistas em direito quanto entre seus fãs e detratores.
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