terça-feira, 10 de setembro de 2024

GRUPO POLÍTICO DE PIMENTEL, VAI DESINTEGRANDO EM ARARIPINA

A política local de Araripina, no Sertão pernambucano, vive momentos de incerteza e tensão após a desistência de duas candidatas à vereança, Sileidei Sousa e Darleide Maria da Silva, ambas filiadas ao PSD e ligadas ao grupo político do prefeito Raimundo Pimentel e sua sucessora Camila Modesto. As renúncias de Sousa e Silva, ocorridas na mesma semana, refletem um movimento de desistências que parece ter se intensificado no partido. Além dessas, outros três pré-candidatos já anunciaram sua retirada da disputa nas últimas semanas, somando um total de cinco baixas em um curto espaço de tempo. 

O clima de preocupação permeia as fileiras do PSD, onde a perspectiva de perder ainda mais candidatos gera uma sensação de vulnerabilidade para a legenda. O grupo de Pimentel e Modesto, que já enfrentava dificuldades nas pesquisas, vê-se agora diante de um novo desafio: a manutenção de uma chapa competitiva para as eleições municipais de 2024. Camila Modesto, que seria a sucessora natural de Raimundo Pimentel, não tem conseguido alcançar o crescimento necessário nas intenções de voto, algo que seus aliados consideravam crucial para fortalecer o partido e manter sua hegemonia na cidade.

A saída em massa de pré-candidatos também tem sido atribuída a um impasse jurídico dentro do PSD, envolvendo figuras de peso na Câmara Municipal de Araripina, como os vereadores Camila Sampaio, Aurismar Pinho e Roseilton Oliveira. Questões sobre a viabilidade de suas candidaturas ainda estão sendo debatidas no âmbito partidário, o que teria gerado incertezas entre os demais candidatos e culminado nas recentes desistências. Para além do desempenho fraco de Modesto nas pesquisas, os interlocutores políticos apontam que essa indefinição jurídica dentro do partido é um dos principais fatores que têm desestabilizado a confiança de potenciais candidatos.

Com as recentes renúncias, as preocupações dentro do PSD se agravam, e membros do grupo político de Pimentel e Modesto já se questionam sobre a capacidade de seguir em frente com uma campanha competitiva. As desistências de figuras como Sileidei Sousa e Darleide Maria da Silva também trazem implicações para a estratégia eleitoral de base, uma vez que ambas tinham uma forte ligação com setores importantes do eleitorado local, especialmente em áreas periféricas e de menor renda, onde tradicionalmente o grupo de Pimentel tem encontrado apoio.

Embora a situação pareça complexa, o cenário ainda pode se agravar nas próximas semanas. Nos bastidores, já se especula sobre novas desistências, enquanto alguns membros do partido tentam articular formas de estancar essa crise e reverter a onda de renúncias que atinge a chapa proporcional. A corrida contra o tempo se torna crucial para a sobrevivência do projeto político de Raimundo Pimentel e Camila Modesto, cujo futuro parece cada vez mais incerto, especialmente com a perda de apoio dentro do próprio PSD. 

O partido terá de enfrentar um duplo desafio: fortalecer a candidatura majoritária de Camila Modesto, que ainda não encontrou tração nas pesquisas, e reconstruir uma chapa de vereadores que inspire confiança e, sobretudo, tenha condições reais de alcançar sucesso nas urnas.

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