NA LUPA 🔎
BLOG DO EDNEY
Por Edney Souto
CAMINHOS SE ABREM PARA VITÓRIA DE RICARDO NUNES EM SÃO PAULO
A corrida pela Prefeitura de São Paulo, a maior cidade do Brasil, parece já estar desenhando seu desfecho: Ricardo Nunes (MDB) deve ser reeleito. Com base nos últimos levantamentos, especialmente a pesquisa Datafolha mais recente, Nunes não só lidera as intenções de voto no primeiro turno, como também vence seus principais adversários com folga em um possível segundo turno. A grande surpresa, no entanto, fica por conta da queda abrupta de Pablo Marçal (PRTB), cuja candidatura tem se tornado insustentável diante de sua crescente rejeição.
Nunes Lidera Com Segurança no Primeiro e Segundo Turnos
A pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha mostra que, se a eleição fosse hoje, Ricardo Nunes sairia vitorioso no segundo turno contra dois de seus principais concorrentes: Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal. Contra Boulos, Nunes aparece com 52% das intenções de voto, enquanto o candidato do PSol conta com 37%. A diferença, que era de 15 pontos percentuais na semana passada, se manteve estável, reforçando a posição confortável de Nunes.
O atual prefeito também tem vantagem significativa no segundo turno contra Pablo Marçal, com 60% das intenções de voto contra 25% do candidato do PRTB. Essa vantagem, aliada ao fato de que Marçal enfrenta uma crescente rejeição, torna esse cenário cada vez mais improvável.
A Derrocada de Pablo Marçal: Uma Candidatura em Queda Livre
Pablo Marçal, que iniciou sua campanha de forma agressiva, tentando se destacar por meio de ataques a todos os seus adversários, viu sua popularidade desabar nas últimas semanas. Um dos episódios mais comentados foi a agressão sofrida por Marçal durante o debate na TV Cultura, quando foi atingido por uma cadeira arremessada por José Luiz Datena (PSDB).
Esse evento, longe de angariar simpatia para o influenciador digital, parece ter acelerado sua queda nas pesquisas. A rejeição de Marçal aumentou de 44% para 47%, tornando-se o candidato com maior índice de rejeição entre os principais concorrentes. O Datafolha também mostra que a rejeição de Marçal cresceu impressionantes 17 pontos percentuais desde agosto. Em comparação, Boulos tem 38% de rejeição, Datena 35%, e Nunes apenas 21%.
A queda de Marçal não se reflete apenas no aumento de rejeição, mas também em sua posição nas intenções de voto. No início de sua campanha, ele tentava capitalizar sobre o discurso anti-establishment e sua figura polêmica. Contudo, o eleitorado paulista parece ter se cansado da retórica agressiva e do estilo conflituoso do ex-coach, que agora vê suas chances de avançar ao segundo turno cada vez mais distantes.
A Rejeição como Fator Decisivo na Eleição
A rejeição de um candidato é sempre um fator crucial em eleições majoritárias, e no caso de São Paulo, tem desempenhado um papel importante na configuração do cenário eleitoral. Ricardo Nunes, que tem a menor rejeição entre os principais candidatos (21%), aparece como a escolha mais segura para o eleitorado paulistano. Isso contrasta fortemente com Pablo Marçal, que lidera o ranking de rejeição com 47%.
O episódio envolvendo Datena e Marçal também teve impacto na rejeição do candidato tucano. Após a agressão no debate, a rejeição de Datena subiu de 32% para 35%. Embora a rejeição de Boulos também tenha aumentado, de 37% para 38%, ele ainda mantém uma base sólida de eleitores, sendo o principal adversário de Nunes no segundo turno.
Redistribuição dos Votos: Nunes Herdará a Maioria dos Eleitores de Marçal e Datena
Outro fator determinante que favorece Ricardo Nunes é a redistribuição dos votos dos candidatos que não avançarem ao segundo turno. De acordo com o Datafolha, Nunes herdaria 65% dos votos de Marçal, o que seria um golpe fatal para a campanha do ex-coach. Além disso, 50% dos eleitores de Datena afirmam que migrariam para Nunes, enquanto apenas 36% iriam para Boulos.
No caso de Tabata Amaral (PSB), 44% de seus eleitores votariam em Boulos no segundo turno, enquanto 42% prefeririam Nunes, o que praticamente divide o apoio da deputada entre os dois candidatos. Essa redistribuição mostra que o prefeito tem uma base de apoio diversificada e que pode consolidar sua vitória em quase todos os cenários projetados.
Cenário Improvável: A Goleada de Nunes Contra Marçal no Segundo Turno
Embora o confronto entre Ricardo Nunes e Pablo Marçal no segundo turno seja um cenário improvável, os números revelam uma derrota esmagadora para o influenciador digital. Com 60% das intenções de voto para Nunes e apenas 25% para Marçal, a vantagem do prefeito seria ainda maior do que contra Boulos. A rejeição a Marçal é o principal fator que inviabiliza esse cenário, mas mesmo que ocorresse, a derrota seria inevitável.
Segundo o Datafolha, no improvável segundo turno entre Nunes e Marçal, o prefeito receberia 66% dos eleitores de Boulos, 68% dos de Tabata e 73% dos apoiadores de Datena. Isso demonstra que, além de contar com um eleitorado próprio consolidado, Nunes tem a capacidade de atrair eleitores de diferentes perfis e espectros políticos, o que o coloca em uma posição extremamente vantajosa para a reeleição.
Ricardo Nunes Ruma para a Reeleição com Vantagem Sólida
Com um desempenho consistente nas pesquisas, baixa rejeição e uma forte capacidade de herdar votos de outros candidatos, Ricardo Nunes está em uma posição sólida para ser reeleito prefeito de São Paulo. Enquanto adversários como Guilherme Boulos e Pablo Marçal enfrentam altos índices de rejeição e dificuldades para expandir suas bases eleitorais, Nunes segue como a escolha mais provável para a maioria dos eleitores paulistanos.
Pablo Marçal, outrora uma figura polêmica e barulhenta, agora enfrenta o esgotamento de sua candidatura, com rejeição crescente e intenções de voto cada vez menores. O caminho até as eleições ainda reserva surpresas, mas o cenário atual aponta claramente para a vitória de Ricardo Nunes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário