A movimentação financeira das campanhas eleitorais em Caruaru tem tomado novos rumos com o avanço da corrida política. O período eleitoral, agora em ritmo acelerado, vem sendo marcado pela chegada de novos recursos provenientes dos fundos partidários, que começam a ser distribuídos pelas legendas que compõem as coligações. Até então, apenas as siglas cabeças de chapa haviam contribuído de maneira significativa para os candidatos. No entanto, as recentes atualizações mostram um cenário diferente, com novos aportes fortalecendo as campanhas.
Zé Queiroz, candidato pelo PDT, vem liderando a lista de recebimentos. Ele, que tem como vice Tonynho do MDB, havia contabilizado até o momento a cifra de R$ 1.550.000,00 em recursos oriundos de seu partido. No entanto, com as novas movimentações, esse valor subiu consideravelmente, alcançando R$ 3.050.000,00. Esse reforço nas contas da chapa demonstra o investimento que a legenda está fazendo na tentativa de consolidar a candidatura de Queiroz. Além disso, o MDB, partido que ocupa a vice na chapa, também contribuiu com um valor significativo. Foram mais de meio milhão de reais – exatos R$ 540.000,00 – que foram enviados diretamente do fundo eleitoral da sigla para os cofres da campanha. Com isso, a soma de recursos disponíveis para a dupla Zé Queiroz e Tonynho chega a expressivos R$ 3.590.000,00.
Enquanto isso, outros candidatos também começam a ver seus cofres eleitorais serem abastecidos, embora em proporções distintas. Fernando Rodolfo, que conta com o apoio direto do ex-presidente Jair Bolsonaro, figura como o segundo maior beneficiário de recursos partidários até o momento. O candidato do PL, que se apresenta como a principal alternativa conservadora para a eleição, já recebeu um total de R$ 3.660.000,00. Esse montante coloca sua campanha em uma posição financeira confortável, permitindo que ele intensifique sua presença nas ruas e nas redes sociais, além de investir em propaganda eleitoral.
Por outro lado, Rodrigo Pinheiro, candidato pelo PSDB, embora não tenha recebido tanto quanto Fernando Rodolfo ou Zé Queiroz, já conta com R$ 1 milhão em recursos provenientes do fundo partidário. Esse valor, embora inferior ao dos principais concorrentes, ainda garante ao tucano uma base sólida para manter sua campanha ativa. Rodrigo Pinheiro tem buscado se consolidar como uma opção moderada, tentando captar o eleitorado que não se identifica com os extremos do espectro político.
Entretanto, nem todos os candidatos podem contar com a mesma sorte. Armandinho, do Solidariedade, até agora não conseguiu atrair grandes aportes de seu partido. Ele tem se sustentado, em grande parte, com doações familiares, que somam modestos R$ 74.700,00. Sem grandes recursos, sua campanha depende principalmente de voluntários e de ações pontuais para tentar alcançar o eleitorado. Situação ainda mais delicada enfrentam Michelle Santos, candidata pelo PSOL, e Maria Santos, que concorre pela UP. Ambas têm encontrado dificuldades para atrair recursos, estando, como se diz popularmente, "com o pires na mão". A falta de apoio financeiro limita as estratégias de campanha e as impede de competir em igualdade com os demais concorrentes.
O cenário financeiro em Caruaru, com as campanhas cada vez mais dependentes dos fundos partidários, revela as desigualdades na disputa. Enquanto alguns candidatos já acumulam milhões em suas contas, outros ainda tentam driblar as limitações financeiras com criatividade e engajamento popular. Os próximos dias de campanha serão decisivos para avaliar como esses recursos impactarão o resultado final nas urnas.
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