Na reta final da campanha eleitoral, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), consolida sua posição como líder incontestável na corrida pela reeleição. Em mais uma pesquisa divulgada, dessa vez pela Real Time Big Data, os números reforçam o cenário favorável ao gestor, que agora atinge impressionantes 78% das intenções de voto. Esse resultado, coletado entre os dias 27 e 28 de setembro, representa um crescimento em relação ao levantamento anterior, divulgado em 9 de setembro, quando Campos contava com 75% de preferência entre os eleitores. O avanço nas pesquisas, ainda que em um contexto de liderança já consolidada, reflete a aprovação massiva de sua gestão e sua capacidade de comunicação com a população recifense.
A margem de liderança do atual prefeito é marcante. João Campos está 68 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), que aparece com apenas 10% das intenções de voto. O desempenho de Machado, mesmo sendo uma figura nacionalmente conhecida, não conseguiu fazer frente ao atual prefeito. Com um discurso focado na defesa de valores conservadores e em críticas pontuais à atual administração, sua campanha tem encontrado dificuldade em avançar em um eleitorado que, até o momento, demonstra alta fidelidade ao projeto de Campos.
O cenário eleitoral revela ainda a posição do ex-secretário do Turismo, Daniel Coelho (PSD), que figura com 4% das intenções de voto. Coelho, que tem tentado construir uma campanha de alternativa moderada e voltada para a renovação política, não conseguiu até agora atrair um número significativo de eleitores. Sua colocação no ranking de preferências reflete um embate que parece polarizado entre o atual prefeito e seu principal adversário, Gilson Machado.
Na sequência, a deputada estadual Dani Portela (PSOL), que em outros pleitos demonstrou força entre setores progressistas, aparece com 1% das intenções de voto. A baixa adesão à sua candidatura, mesmo com um discurso alinhado às causas sociais e ambientais, reforça a dificuldade que as campanhas de esquerda têm enfrentado diante da forte liderança de Campos, que também se posiciona como defensor de pautas progressistas. Os demais candidatos, Tecio Teles (Novo), Simone Fontana (PSTU), Victor Assis (PCO) e Ludmila Puttes (UP), não conseguiram alcançar 1% das intenções de voto, o que evidencia a concentração de votos nos primeiros colocados.
A pesquisa, registrada sob o número 06893/2024 no Tribunal Superior Eleitoral, foi realizada com 1.000 entrevistados, um número considerado robusto para indicar tendências eleitorais no Recife. Além das intenções de voto, o levantamento apontou que 4% dos entrevistados ainda estão indecisos ou não souberam responder em quem pretendem votar, enquanto 3% afirmaram que pretendem votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos. Esses números demonstram uma relativa estabilidade, com um índice de rejeição aos candidatos menor do que o habitual em eleições municipais.
A campanha de João Campos tem sido pautada pela defesa de um projeto de continuidade, destacando as realizações de sua gestão, especialmente nas áreas de mobilidade urbana, saúde e educação. Sua presença frequente em eventos públicos e o constante diálogo com a população têm sido fatores fundamentais para o fortalecimento de sua candidatura. Com uma estratégia de campanha que enfatiza o aprofundamento de políticas públicas, Campos conseguiu se destacar como o nome que simboliza a estabilidade e a manutenção dos avanços sociais conquistados ao longo dos últimos anos.
Por outro lado, os adversários têm encontrado dificuldades para se posicionar como alternativas viáveis ao atual prefeito. O contexto eleitoral reflete uma cidade onde a maioria dos eleitores parece satisfeita com a gestão atual, o que limita o espaço para propostas de mudança mais radicais ou críticas severas. A liderança de João Campos, consolidada em números expressivos, mostra o quanto o prefeito conseguiu manter um eleitorado fiel ao longo de sua campanha, mesmo diante de um cenário nacional polarizado e de uma oposição que, até o momento, não conseguiu emplacar um discurso competitivo.
Esse panorama aponta para uma eleição que se desenha favorável à reeleição de João Campos, consolidando sua posição como um dos prefeitos mais bem avaliados da história recente do Recife.
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