quinta-feira, 10 de outubro de 2024

MORADORES DE ITAÍBA CLAMAM POR ÁGUA NAS TORNEIRAS

Itaíba, no agreste de Pernambuco, enfrenta uma crise hídrica que atinge todas as camadas da população, do mais humilde ao mais abastado. A cidade tem vivido dias difíceis com a falta de água, um problema que afeta diretamente o cotidiano e a dignidade humana. O acesso à água, direito fundamental, tem se tornado um desafio diário para os moradores, que, sem outra alternativa, recorrem à compra de carros-pipa.

O preço por 9 mil litros de água em um caminhão-pipa chega a R$ 300, um valor elevado para muitas famílias. Nas áreas mais necessitadas, a situação é ainda mais dramática: a caixa d’água de mil litros, por R$ 60, tornou-se uma solução temporária, mas o custo pesa no orçamento doméstico, agravando a situação financeira de várias famílias. A indignação cresce quando, ao final do mês, a conta de água chega, mesmo que não tenha havido o fornecimento de uma única gota pela Compesa.

O que torna a crise ainda mais desconcertante é o fato de que a água chega ao encanamento principal da cidade, mas não é liberada para a população. A população, ciente de que a água circula nas tubulações principais, se revolta ao ver suas torneiras secas por dias, semanas ou até mais de um mês. Em alguns bairros, já são mais de 40 dias sem que a água chegue às residências.

As reclamações são constantes e diversas. Muitas pessoas têm buscado explicações junto à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), responsável pelo abastecimento, mas, segundo os relatos, a empresa não tem oferecido soluções satisfatórias ou sequer respondido às demandas da população. A insatisfação é generalizada, e os moradores, cansados de esperar por uma solução, começam a se organizar para um grande protesto, reivindicando aquilo que deveria ser garantido por direito: o acesso à água.

A falta de água em Itaíba vai além de um simples transtorno doméstico. Ela afeta o comércio, a agricultura e a saúde pública. Os relatos de moradores comprando água para suas necessidades básicas contrastam com a realidade de contas mensais que chegam às suas casas, cobrando por um serviço que não está sendo prestado. Para muitos, a situação chegou ao limite.

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