quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Na Lupa, Quinta, 31/10/2024, Blog do Edney

NA LUPA 🔎 
BLOG DO EDNEY 


Por Edney Souto


RAQUEL COMEÇA A FAZER A REVIRAVOLTA QUE FEZ QUANDO ERA PREFEITA DE CARUARU

A recente vitória da governadora Raquel Lyra e seus aliados nas eleições municipais trouxe à tona uma nova configuração política em Pernambuco, especialmente na região metropolitana do Recife. Com 125 prefeitos eleitos em sua base, sendo a maioria do PSDB, a tucana demonstra que seu projeto político está consolidado, refletindo uma força crescente que não pode ser ignorada por seus adversários, especialmente pelo PSB de João Campos. O resultado eleitoral em 8 dos 14 municípios do entorno do Recife, incluindo os três maiores colégios eleitorais, Jaboatão, Olinda e Paulista, reforça a ideia de que a governadora se firmou como uma liderança relevante no estado. Vamos dar uma analisada NA LUPA. 

RAQUEL VENCEU - As vitórias de prefeitos aliados, como a de Ramos em Paulista e Mirela em Olinda, são emblemáticas. Elas não apenas representam ganhos territoriais significativos para a base de Raquel, mas também evidenciam um revés para o PSB, que esperava manter sua hegemonia na região. A derrota de João Campos, que tinha investido pessoalmente nessas campanhas, expõe a fragilidade do "falso favoritismo" que os socialistas alardearam. A confusão entre o Recife e Pernambuco, que levou a uma visão distorcida da política estadual, agora parece ser um erro estratégico que pode custar caro ao partido socialista. Um fracasso retumbante é o saldo do 2º turno para João Campos. 

RAQUEL SE FORTALECEU - Raquel Lyra, ao contrário, emerge desta disputa fortalecida, com uma nova vitalidade que pode ser um prenúncio de suas ambições para 2026. Sua capacidade de mobilizar aliados e conquistar prefeituras em áreas estratégicas demonstra um planejamento político que deu certo e uma visão que vai além do imediatismo e da ilusão midiática pregada pelo PSB. A governadora agora se prepara para um novo desafio: a gestão administrativa, onde tem a ambição de investir quase 12 bilhões de reais em infraestrutura, incluindo abastecimento de água e melhoria de estradas. Caro leitor aqui NA LUPA, Este foco em obras essenciais para a população pode consolidar ainda mais sua imagem como uma gestora comprometida com o desenvolvimento do estado.

NOVO TEMPO - Além disso, a política em Pernambuco não se resume a vitórias e derrotas eleitorais, mas envolve um jogo complexo de alianças e estratégias. Raquel Lyra, com sua liderança restituída, deixa claro para a oposição e sobretudo ao PSB que agora já deve estar ciente de que a política não é um "repeteco" do que já aconteceu no passado. À época de Eduardo Campos era outra. A governadora precisa permanecer atenta aos fatos que mudam rapidamente, especialmente em um ambiente digital onde o eleitorado é cada vez mais adepto a modismos. Ocorre que o podíamos das dancinhas no 2º turno não se criou. O desafio agora é continuar a construção de uma base sólida, que não apenas garanta mais vitórias eleitorais, mas que também traga resultados nas estratégias áreas que a governadora Raquel Lyra escolheu para a população: água encanada e universalizada e estradas. 

RECALIBRAÇÃO- João Campos, por sua vez, terá que recalibrar suas expectativas e estratégias. A vitória estrondosa que celebrou em sua reeleição como prefeito do Recife agora é ofuscada por essas derrotas significativas. A necessidade de pôr o pé no chão é imperativa; a política pernambucana não é um mero espetáculo, mas um espaço onde as ações têm consequências diretas na vida das pessoas e também na vida política dia atores. A partir desse novo cenário, de derrota dupla, João Campos(PSB) deve se preparar para um embate que, embora desafiador, também pode abrir novas oportunidades caso consiga reverter a percepção negativa que agora paira sobre sua liderança política, uma vez que seu poder de influência não logrou êxito em canto nenhum de Pernambuco, a não ser no Recife, cidade que governa e agora terá mais quatro anos de mandato. João Campos(PSB) terá que pensar muito e fazer bastante cálculos para resolver essa equação. Talvez não seja hora de disputar o governo de Pernambuco, pelo menos é o que atesta hoje os números de todo o interior na questão da eleição de prefeitos. Mas amanhã será outro dia. 

FORÇA RESTABELECIDA - As demonstrações de força política e eleitoral no 1º e 2º turno das Eleições 2024 que restabelece a força de Raquel Lyra trazem também,  a leitura do quadro político em Pernambuco sinalizam um momento de transformação. As derrotas do PSB em áreas variadas do estado, aliadas à força demonstrada pelo PSDB e aliados, mostram que a política pernambucana está em equilíbrio.  Enquanto Raquel se prepara para 2026, João Campos deve refletir sobre os desafios que se aproximam e buscar uma nova forma de engajamento com o eleitorado. O jogo político em Pernambuco é longo e cheio de surpresas e a governadora, com sua determinação de sempre, pois se faz preciso dizer que não subestimem a mesma, ela nunca perdeu uma eleição na vida. Raquel Lyra tem estilo próprio e começa a se posicionar como uma favorita, mas com a consciência de que a verdadeira vitória se dá na entrega de resultados efetivos para a população e para isso ela está pronta, preparada e querendo pois possuo um amplo planejando estratégico que começa a ser implantado agora com os bilhões que serão incentivos em água e estradas. Quanto ao PSB, a cortina de fumaça parece que se dissipou e a hora é de por as barbas de molho e repensar os caminhos. Com as derrotas em Paulista e Olinda, o estrago na imagem de João Campos está feito, pelo menos por agora. João Campos é jovem tem a máquina da Capital na mão, mas Raquel Lyra equilibrou o jogo. Não custa lembrar que além de João Campos houve a derrota pessoal também dos petistas, entre eles Humberto Costa e Tereza Leitão, explicando também que o lulismo já não é mais o mesmo. É isso aí.

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