Nas semanas finais da disputa eleitoral em Olinda, o ambiente político foi fortemente marcado pela fala incisiva do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa no plenário da Assembleia Legislativa. Em tom de crítica dura, o parlamentar foi direto contra o candidato Vinícius Castello, trazendo à tona episódios e posturas que, segundo ele, refletiriam visões que desagradam parcela significativa do eleitorado. Com suas palavras, Feitosa afirmou que Castello teria uma trajetória marcada por posicionamentos distantes dos valores de muitos olindenses. Menos de 15 dias antes do segundo turno, a crítica não só ganhou força nas redes, como se espalhou rapidamente pela mídia e gerou burburinho nas ruas, redesenhando as perspectivas para o candidato.
Durante o pronunciamento, Feitosa foi além do habitual ao relembrar iniciativas e posicionamentos públicos de Castello, como a autoria de uma lei que previa o fechamento de igrejas contrárias à realização de matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, uma proposta que, segundo ele, teria um viés de intromissão nas liberdades religiosas. A fala atingiu um ponto de choque quando o deputado leu supostas postagens com conteúdo obsceno feitas pelo candidato e mencionou a comemoração de Castello quando a Argentina aprovou a legalização do aborto. Em pouco tempo, o discurso polarizou ainda mais o cenário, atingindo diretamente a imagem de Vinícius Castello, que até então vinha com uma campanha voltada para um público de esquerda e progressista.
Nos bastidores políticos, a repercussão foi imediata, e as análises começaram a tomar forma. De acordo com rumores que ecoaram na imprensa e entre analistas, o impacto do pronunciamento de Feitosa teria causado um ponto de inflexão nas pesquisas, desfavorecendo Castello. Mesmo em meio à ascensão inicial do candidato, os números começavam a refletir uma mudança na opinião pública, principalmente entre eleitores que, até então, haviam se mantido distantes da disputa em Olinda. Segundo um estrategista político experiente, o pronunciamento de Feitosa teve o efeito de “despertar o eleitorado patriota, que já havia decidido não votar, para se posicionar nas urnas”. Essa declaração revela um cálculo estratégico que indica uma virada no comportamento do eleitor olindense, marcado pelo despertar de um grupo significativo da centro-direita que não se sentia engajado na eleição.
O desfecho dessa sequência de acontecimentos mostrou-se surpreendente. Em um reduto tradicionalmente marcado pela presença da pauta de esquerda, a derrota de Castello foi significativa e, para muitos, simbólica. A perda em Olinda foi sentida entre os defensores de políticas progressistas, mas deixou claro que parte do eleitorado local tem uma identificação crescente com temas que ressoam no centro-direita, reverberando valores patrióticos e conservadores. Assim, o episódio envolvendo o Coronel Alberto Feitosa, além de marcar uma reviravolta, consolidou o protagonismo do deputado, que agora é apontado como o responsável pela queda de Castello e pela reorganização de forças políticas em Olinda.
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