terça-feira, 1 de outubro de 2024

TONY GEL NÃO PEGOU BEM NO GUIA DE QUEIROZ

A aliança entre Zé Queiroz (PDT) e Tony Gel (MDB), dois rivais históricos da política de Caruaru, finalmente se materializou de maneira explícita no guia eleitoral da campanha de 2024. No programa mais recente, Gel apareceu ao lado de Queiroz, pedindo votos e aproveitando para destacar o nome de seu filho, Tonynho Rodrigues, que figura como vice na chapa majoritária da Coligação Caruaru Forte de Novo.

O gesto, que formaliza uma aliança que já vinha sendo alvo de especulações e críticas nos bastidores, provocou uma reação imediata nas redes sociais. Comentários negativos surgiram em massa, expressando indignação e repúdio ao que muitos consideram uma movimentação puramente oportunista. Palavras como “vergonha” e “traição” foram recorrentes entre os eleitores, destacando o incômodo diante da união entre Queiroz e Gel, figuras que, durante décadas, se enfrentaram com dureza nas disputas eleitorais de Caruaru. A postagem de Diogo Carlos no Instagram, com a irônica pergunta “Essa vergonha é no crédito ou no débito?”, rapidamente ganhou eco entre os internautas, assim como outros comentários que criticavam o que consideram uma aliança pragmática e sem princípios, motivada unicamente pela manutenção do poder.

Essa parceria entre ex-adversários é vista, por muitos, como uma estratégia para garantir o controle da prefeitura de Caruaru nas próximas eleições. A ideia de que, caso a chapa seja eleita, o mandato possa ser dividido — com Zé Queiroz à frente nos primeiros dois anos e, depois, a passagem do comando para Tonynho Rodrigues — fortalece a narrativa de um acerto político, não baseado em propostas ou compromissos com a população, mas sim em interesses pessoais e dinásticos.

Nas ruas, a percepção de uma "aliança forçada" traz à tona a memória das disputas acirradas entre Queiroz e Gel, marcadas por críticas mútuas e campanhas polarizadas. A exibição de Gel no guia de Queiroz simboliza, para muitos eleitores, o ápice de uma estratégia que coloca de lado o passado e as diferenças, em prol de um projeto que alguns enxergam como calculado e distante das necessidades da cidade.

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