A Câmara Municipal do Recife concluiu, nesta segunda-feira (25), a votação das duas principais peças que vão orientar os caminhos da gestão do prefeito João Campos (PSB) no próximo ano, o primeiro de seu segundo mandato à frente da Prefeitura. Com a aprovação unânime em plenário, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 e a revisão do Plano Plurianual (PPA) seguem agora para sanção do prefeito, após passarem por discussões e ajustes nas comissões e audiências públicas.
A reunião que consolidou as aprovações foi realizada em dois momentos: inicialmente, de forma ordinária, e, em seguida, com uma convocação extraordinária. Esse rito reflete a importância das matérias, que passam a ser fundamentais na definição das prioridades e estratégias para a cidade. As propostas, debatidas e modificadas pelos vereadores, enfrentaram um processo intenso de análise. Na Comissão de Finanças e Orçamento, foram apresentadas 77 emendas à LOA, das quais 10 foram rejeitadas no plenário, e 62 emendas ao PPA, com 49 também sendo descartadas. Esses números demonstram o escrutínio que envolve a definição dos rumos financeiros e administrativos do município.
O orçamento previsto no Projeto de Lei do Executivo (PLE) 23/2024 apresenta uma estimativa de arrecadação de R$ 9,2 bilhões para 2025. Desse montante, R$ 7,5 bilhões são provenientes do Tesouro Municipal, enquanto R$ 1,7 bilhão vem de outras fontes. O volume de recursos expressa não apenas o potencial econômico do Recife, mas também os desafios de sua gestão, que precisa equilibrar demandas sociais, investimentos em infraestrutura e o fortalecimento de políticas públicas essenciais.
Os debates que antecederam a aprovação das propostas demonstraram o peso da atuação parlamentar na construção desse cenário. As audiências públicas abriram espaço para discussões amplas e para a inclusão de demandas vindas de diversos segmentos da sociedade. A rejeição de emendas no plenário, apesar de comum, sinaliza um alinhamento geral entre o Executivo e o Legislativo sobre as prioridades do município.
Com o PPA revisado e a LOA definida, o planejamento da cidade ganha uma direção mais clara, buscando atender às expectativas da população e os compromissos assumidos por João Campos em sua campanha de reeleição. As peças orçamentárias são, no entanto, mais do que números ou projeções. Elas são, na essência, uma representação das intenções e compromissos de uma gestão que, ao mirar o futuro, precisa lidar com o presente e as demandas de uma cidade em constante transformação.
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