O deputado estadual Júnior Matuto (PSB) manifestou forte crítica ao Decreto nº 116/2024, assinado pelo prefeito Yves Ribeiro (PT), que determina uma série de cortes na folha de pagamento da Prefeitura de Paulista. A medida, que inclui a redução de 50% nas gratificações dos servidores, a demissão de estagiários e exonerações em massa, gerou um clima de inquietação e revolta entre os funcionários públicos, especialmente em um período tão delicado como o final de ano. A decisão, que atinge diretamente a classe trabalhadora, foi justificada pela administração municipal como uma resposta à crise financeira e ao descumprimento do limite de gastos com pessoal, conforme apontado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A crítica de Júnior Matuto foi contundente e direcionada à falta de planejamento da gestão atual. "É inaceitável que a atual administração penalize os servidores dessa forma, ainda mais em um período tão importante como o final de ano. Esse é um triste presente de Natal para trabalhadores que se dedicaram ao município e agora são tratados com total descaso", afirmou o deputado, que recebeu a maior votação da história para a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco na cidade de Paulista nas últimas eleições.
Matuto, que foi ex-prefeito de Paulista, destacou que, ao deixar a gestão municipal, entregou um município financeiramente organizado, com recursos em caixa e condições para dar continuidade aos serviços e valorizar os servidores. "Deixamos a casa em ordem, e agora vemos uma administração sem planejamento, que falha em resolver os problemas e recorre a cortes que atingem diretamente as famílias de quem mais trabalha para manter a cidade funcionando", disse o parlamentar, com preocupação visível sobre o impacto da medida nos cidadãos paulistenses.
Diante do cenário crítico, o deputado afirmou que sua equipe está acompanhando de perto a situação e já está realizando uma análise detalhada do decreto e da saúde financeira do município. "Como deputado estadual e cidadão comprometido com Paulista, não vou me omitir. Nossa equipe está debruçada sobre o assunto, e, nos próximos dias, vamos cobrar explicações e soluções junto aos órgãos competentes", garantiu Júnior Matuto, anunciando sua intenção de buscar alternativas que possam amenizar os efeitos da decisão tomada pela atual gestão.
Além disso, o deputado demonstrou preocupação com a gestão do futuro prefeito Severino Ramos (PSDB), apontando que a continuidade desse modelo de administração poderá prejudicar ainda mais a população de Paulista. "A população precisa de uma gestão comprometida, que olhe para as pessoas e respeite os trabalhadores. O que estão fazendo é inaceitável e pode deixar marcas profundas no futuro do município", concluiu, evidenciando a sua determinação em lutar pelos direitos dos servidores e pela melhoria da cidade.
A situação, marcada pela insatisfação e a falta de perspectiva para os servidores municipais, se agrava com o fim de ano se aproximando, um período tradicionalmente associado a festas e celebrações, mas que, neste caso, poderá ser marcado por um clima de incertezas e insegurança para muitos trabalhadores. O impacto do decreto já é sentido por aqueles que dependem de suas gratificações e do apoio da administração para manter a estabilidade financeira e pessoal, intensificando a revolta contra a gestão atual.
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