Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, ex-candidato a vereador por Rio do Sul (SC) e chaveiro, ocupou o centro das atenções nacionais após um atentado envolvendo explosivos no coração do poder em Brasília. Na noite de 13 de novembro de 2024, o carro dele, repleto de fogos de artifício, foi a origem de explosões que abalariam a Praça dos Três Poderes e o estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. A intensa movimentação e a consequente detonação provocaram a morte de uma pessoa, confirmada pelo Corpo de Bombeiros que atendeu à ocorrência, envolvendo uma tragédia com desdobramentos críticos em um dos principais centros administrativos do país.
Nas horas que antecederam o episódio, Tiü França havia utilizado as redes sociais para, de forma insólita, lançar ameaças. Em uma publicação no Facebook, ele mencionou nominalmente personalidades como William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Com linguagem inflamada e marcada por ataques, sua postagem causou espanto ao insinuar que a ação já estava programada para ocorrer no mesmo dia da postagem, às 17h48, e afirmando que o “jogo” terminaria em 16 de novembro de 2024. Nas palavras dele, restava um “prazo” para que a Polícia Federal pudesse "desarmar" o que ele classificou como uma "bomba na casa dos comunistas".
O episódio trouxe pânico e confusão à Esplanada dos Ministérios. Relatos de testemunhas destacaram o impacto do momento, onde explosões isoladas foram ouvidas nos arredores da Praça dos Três Poderes. A Polícia Federal e outros órgãos de segurança foram acionados para o local, iniciando uma investigação urgente sobre o incidente, o que incluiu a análise de imagens, redes sociais e mensagens que pudessem indicar o que teria levado ao desfecho trágico envolvendo o ex-candidato.
Tiü França, anteriormente conhecido na política municipal de Rio do Sul, tinha uma postura crítica e assertiva em seu perfil nas redes sociais, mas as ameaças direcionadas ao STF e a figuras públicas de grande influência nacional mostraram um nível de radicalismo que mobilizou as autoridades. A aparente antecipação do ato de violência gerou inquietação e ampliou a busca por explicações sobre as intenções, motivações e possíveis colaborações que pudessem ter sido parte do plano.
Agora, no dia seguinte ao ocorrido, as investigações continuam a se desdobrar, com autoridades buscando entender não apenas o impacto imediato do episódio, mas o que ele revela sobre os desafios em torno da segurança dos prédios do governo federal e das figuras públicas que ocupam as posições mais visadas.
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