sexta-feira, 1 de novembro de 2024

PSOL EM PERNAMBUCO SOFRE CRISE INTERNA E DEBANDADA

Na quarta-feira, 30 de outubro, Jesualdo Campos, ex-dirigente do PSOL e ex-candidato a prefeito de Olinda, anunciou sua desfiliação do partido, movimento que levanta questões sobre a continuidade de sua esposa, a deputada estadual Dani Portela, na legenda. A saída de Jesualdo, que é um dos fundadores do PSOL, vem acompanhada das desfiliações de outros dois membros próximos a Dani, criando um clima de incerteza dentro da sigla.

Em uma carta emotiva, Jesualdo refletiu sobre os 20 anos dedicados ao PSOL, destacando sua jornada de luta e conquistas. "Nossa luta sempre foi para colocar o PSOL numa condição de ser ouvido no cenário nacional e local", escreveu, ressaltando a importância do partido na história política da esquerda, especialmente durante o apoio a Lula nas eleições de 2022. Para ele, o PSOL não apenas se tornou o segundo maior partido da esquerda no Congresso Nacional, mas também se consolidou como um refúgio para militantes descontentes desde sua fundação em 2003, desempenhando um papel vital na defesa da democracia brasileira e na resistência à extrema direita.

No entanto, a desfiliação não ocorreu sem controvérsias. Jesualdo mencionou divergências internas como o motivo principal de sua saída, ao lado de companheiros como Fran Silva e Anderson Barbosa. O ambiente interno do PSOL parece tenso, e a situação levanta especulações sobre o futuro político de Dani Portela dentro do partido. Embora a deputada tenha negado que haja qualquer articulação em andamento para sua própria saída, a sequência de desfiliações de pessoas próximas a ela faz com que a dúvida persista.

Jesualdo se despediu de seus companheiros de partido com um toque de solidariedade, reiterando a importância da luta por uma sociedade mais justa e socialista, ao mesmo tempo em que expressou esperança de que o PSOL continue a desempenhar seu papel na sociedade brasileira. Sua decisão de se desligar da legenda não apenas reflete suas convicções pessoais, mas também indica um momento de reflexão profunda sobre os caminhos que a esquerda precisa trilhar para enfrentar os desafios políticos atuais.

Este acontecimento marca um novo capítulo tanto para Jesualdo quanto para o PSOL, que agora se vê diante de questionamentos sobre sua coesão interna e sua estratégia política em um cenário cada vez mais polarizado. O desfecho dessa história, assim como o futuro de Dani Portela no partido, permanece incerto, mas certamente será observado de perto por aqueles que acompanham a política local e nacional.

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