Francismar, confiante e articulado, vem construindo uma candidatura que desafia as orientações da liderança partidária. Em declarações recentes, ele afirmou que Sileno Guedes e seus aliados terão uma “grande surpresa” quando os votos forem contados na próxima segunda-feira. O voto secreto, obrigatório nesse tipo de eleição, alimenta ainda mais as especulações sobre a real força de Francismar dentro da bancada socialista, composta por 12 deputados. Para ele, a liderança de Sileno não reflete a vontade de todos no PSB, insinuando que há um movimento silencioso de apoio à sua candidatura.
Do outro lado, Sileno Guedes tenta manter a coesão da bancada e sustenta a reeleição de Gustavo Gouveia como uma decisão consolidada. Em nota, reafirmou o alinhamento do partido em torno do nome de Gouveia, mas a movimentação de Francismar mostra que a unidade propagada pode não ser tão sólida quanto parece. Nos bastidores, o clima é de incerteza, e muitos acreditam que o resultado trará surpresas, especialmente pela dificuldade de controlar votos em um pleito secreto.
Francismar, com uma campanha discreta, mas eficiente, tem conquistado apoio não apenas entre seus colegas de partido, mas também em outras bancadas. Parlamentares de legendas diversas reconhecem o crescimento de sua candidatura e a habilidade com que ele vem conduzindo as negociações. Essa capacidade de articulação coloca em xeque a força de Sileno como líder e de Gouveia como candidato, abrindo espaço para uma possível reviravolta na disputa.
A eleição para a Mesa Diretora, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, já vinha sendo acompanhada de perto, mas ganhou novos holofotes com o fortalecimento de Francismar. Para seus aliados, ele representa uma alternativa viável e competitiva, desafiando o que parecia ser um caminho tranquilo para a reeleição de Gouveia. Enquanto isso, a liderança de Sileno se vê pressionada, tanto pela oposição interna quanto pela expectativa de um resultado que pode abalar sua influência dentro do partido.
O desfecho da votação é aguardado com grande expectativa. Independentemente do resultado, a disputa evidencia um momento de tensão e redefinição de forças na Assembleia e dentro do PSB. Francismar Pontes, ao questionar a liderança de Sileno e abrir caminho para uma candidatura independente, traz à tona questões maiores sobre o controle partidário, a autonomia dos deputados e a dinâmica interna de poder em Pernambuco. A próxima segunda-feira será decisiva, não apenas para definir a nova composição da Mesa Diretora, mas para mostrar quem realmente controla as rédeas do partido.
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