terça-feira, 3 de dezembro de 2024

ÁLVARO LUTOU POR GUSTAVO ATÉ O FIM

Álvaro Porto nunca foi de recuar diante de desafios políticos. Desde que tomou a decisão de apoiar Gustavo Gouveia para a primeira-secretaria da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o presidente da Alepe demonstrou uma determinação que beirava o obstinado. Era mais do que uma aliança política; era uma batalha pessoal, um compromisso assumido de corpo e alma. 

Sua estratégia começou cedo, articulando movimentos que deixaram claro que não se tratava apenas de conquistar votos, mas de redesenhar alianças e enfraquecer resistências. A aproximação com o prefeito do Recife, João Campos, foi um desses passos calculados. Álvaro sabia que a presença do PSB no jogo era uma peça chave a ser removida do tabuleiro. A partir daí, o líder político dedicou-se a esculpir uma frente sólida, buscando cada deputado, um a um, numa campanha que mais parecia uma maratona política. 

No dia decisivo, o ambiente no plenário da Alepe carregava uma tensão quase palpável. Após o primeiro turno, com Francismar Pontes à frente por dois votos de diferença, Álvaro intensificou sua abordagem. Mesmo diante da possibilidade de derrota, não cruzou os braços. Na brecha entre uma votação e outra, lá estava ele, em conversas discretas, buscando reverter posições, explorando cada centímetro de terreno disponível. 

Era uma batalha desigual, mas Álvaro lutava como quem sabia que não poderia ter feito menos. E, embora o resultado final possa não ter sido aquele que ele desejava, sua postura reafirmou o peso de seu nome na política pernambucana e a lealdade à sua escolha. Longe de ser uma derrota silenciosa, o esforço de Álvaro Porto ecoou como um exemplo de articulação política em tempos de divisão e incerteza.

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