A relação entre os dois não é de agora. Armando Monteiro sempre manteve uma proximidade histórica com Lula, algo que se refletiu em suas decisões políticas ao longo dos anos. Em 2018, mesmo sob pressão para apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais, o então candidato ao governo de Pernambuco optou por não assumir essa posição, uma decisão ancorada em sua ligação com o líder petista. À época, tal postura poderia ter mudado o desfecho da disputa no estado, mas Armando permaneceu fiel às suas convicções.
Além do vínculo político, Armando desempenhou um papel essencial no fortalecimento do diálogo entre a indústria e o governo quando esteve à frente da Confederação Nacional da Indústria. Sua habilidade em articular interesses do setor com as diretrizes do governo petista foi reconhecida como uma das mais sólidas pontes entre o empresariado e o Planalto. Essa experiência, somada à sua trajetória ministerial no governo Dilma Rousseff, o coloca novamente como um nome estratégico para Lula, seja em um retorno ao Executivo ou em um projeto político futuro.
Com a aproximação de 2026, as especulações sobre uma chapa majoritária que envolva Armando Monteiro começam a ganhar contornos. Em um cenário político polarizado, a figura de Armando pode representar um eixo de equilíbrio, unindo sua capacidade técnica e política a uma articulação nacional com fortes raízes no Nordeste. O interesse de Lula em fortalecer alianças e delinear os próximos passos de seu governo passa diretamente por figuras que gozam de credibilidade tanto no campo político quanto no econômico, e Armando Monteiro parece se encaixar perfeitamente nessa estratégia.
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