segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

BOLSONARO FALA SOBRE PRISÃO DE BRAGA NETTO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio sobre a prisão do general Walter Braga Netto, um dos indiciados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma postagem feita em suas redes sociais, Bolsonaro questionou a legalidade da prisão de Braga Netto, que foi preso sob acusação de obstrução de Justiça, um dos crimes investigados no contexto das tentativas de desestabilizar o processo eleitoral e a posse de Lula.

Na publicação, Bolsonaro escreveu: "Há mais de 10 dias, o ‘inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?" Com essa declaração, o ex-presidente levantou uma série de questionamentos sobre o andamento das investigações e o momento escolhido para a prisão, sugerindo que as investigações já estavam concluídas e, portanto, não haveria fundamento para novas prisões.

Braga Netto, que foi ministro da Defesa durante o governo de Bolsonaro, foi preso no âmbito das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, vistos como uma tentativa de minar a democracia no Brasil. A prisão do general foi vista como um avanço nas investigações, mas Bolsonaro usou suas redes sociais para expressar sua discordância com o momento escolhido para a prisão e com a legalidade do processo.

O questionamento de Bolsonaro sobre a prisão de Braga Netto faz parte de uma estratégia de defesa dos aliados e membros de seu governo, que têm sido alvo de investigações por envolvimento com os eventos de 8 de janeiro e outros atos que visavam desacreditar o processo eleitoral e interferir na posse de Lula. A movimentação de Bolsonaro reflete a continuidade de sua narrativa de contestação ao processo político que se desenrolou após sua derrota nas urnas, ampliando as divisões no país e intensificando as tensões políticas. A prisão de figuras militares e aliados próximos a Bolsonaro tem sido uma constante desde o fim de seu governo, colocando em pauta a relação entre as instituições militares e o governo Bolsonaro, além de questionar as medidas adotadas pelo governo Lula para lidar com o legado do ex-presidente e seus aliados.

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