João Paulo, que já ocupou a prefeitura da capital pernambucana, não hesitou em expor seu descontentamento. Ele destacou que essa movimentação, caso confirmada, significaria uma afronta à memória das perseguições sofridas pelo presidente Lula durante o governo anterior e um distanciamento dos valores defendidos pela esquerda. Em sua visão, o momento exige humildade e coerência política, características que ele reconheceu no pai de João Campos, o ex-governador Eduardo Campos.
O deputado também apontou o custo que o PT tem enfrentado ao atuar como coadjuvante nas alianças com o PSB. Ele relembrou a disputa municipal em Recife como um exemplo de concessões que, em sua avaliação, prejudicaram o protagonismo petista na política local. Essa crítica reflete um incômodo crescente dentro do partido, que, para João Paulo, precisa urgentemente se reorganizar e adotar uma postura mais independente.
Em um movimento que gera ainda mais divergências internas, o parlamentar demonstrou simpatia pela governadora Raquel Lyra (PSDB) e sugeriu que o PT deveria considerar a possibilidade de integrar sua base de apoio no governo estadual. Essa postura, incomum dentro da trajetória do partido em Pernambuco, provoca debates acalorados sobre os rumos estratégicos da legenda e evidencia as tensões políticas que permeiam a atual conjuntura.
Os pronunciamentos de João Paulo, conhecidos por sua contundência, intensificam discussões que vão além das disputas partidárias e refletem um momento de redefinição para a esquerda em Pernambuco.
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