terça-feira, 10 de dezembro de 2024

MÉDICA DA MARINHA É BALEADA NA CABEÇA COM TIRO DE FUZIL EM OPERAÇÃO DA PM, DENTRO DE HOSPITAL NAVAL, E MORRE HORAS DEPOIS

Médica da Marinha é baleada com tiro de fuzil na cabeça dentro de hospital naval durante operação da PM
 No auditório do Hospital Naval Marcílio Dias, no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, a terça-feira amanheceu com a solenidade que reunia profissionais de saúde e autoridades. No entanto, o cenário de tranquilidade foi abruptamente rompido. Durante o evento, um projétil de fuzil atravessou as barreiras do hospital e atingiu a capitã Gisele Mendes de Souza e Mello, médica geriatra e superintendente da unidade, na cabeça. O disparo, consequência de um confronto armado na comunidade do Gambá, provocou um desfecho trágico.

A operação era conduzida por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins de Vasconcelos, que patrulhavam as comunidades da região. Durante a ação, uma troca de tiros com criminosos eclodiu. Enquanto o hospital, considerado um espaço de acolhimento e cuidado, se tornou palco de um incidente que chocou os presentes, a capitã foi rapidamente socorrida e levada ao centro cirúrgico da própria unidade. Médicos e equipes uniram esforços para salvar sua vida, mas, ao final do dia, veio a confirmação do falecimento.

Gisele Mendes era reconhecida pelo compromisso com a saúde e pelo papel de liderança desempenhado à frente do hospital. Além de médica especializada no cuidado de idosos, sua posição como superintendente de saúde a colocava como figura central na administração da unidade. Na manhã de sua morte, ela participava da solenidade na Escola de Saúde da Marinha, um local onde seu trabalho era frequentemente destacado.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro, por meio de nota, informou que a UPP estava em operação no Complexo do Lins quando houve o confronto armado que culminou no disparo. Segundo o relato das autoridades, a Marinha assumiu a condução das investigações, com apoio da Polícia Civil, para apurar as circunstâncias que levaram ao incidente.

Na comunidade e entre os profissionais da saúde, o impacto foi imediato. O hospital, que lamentou o ocorrido, garantiu apoio aos familiares e destacou o compromisso em honrar a memória da médica que dedicou a vida ao cuidado de outros. O Complexo do Lins, por outro lado, permaneceu sob reforço policial ao longo do dia, enquanto as operações continuavam.

O projétil que atravessou o auditório não só interrompeu a vida de uma profissional admirada, mas trouxe à tona os desafios de manter a segurança em áreas de conflito urbano. A tragédia no Hospital Naval Marcílio Dias ecoa além das suas paredes, refletindo a interseção entre saúde e violência em um cenário onde a paz permanece distante.

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