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Por Edney Souto
ÁLVARO PORTO SE REVELA O MAIOR ESTRATEGISTA DA POLÍTICA PERNAMBUCANA DEIXANDO O SEU FUTURO EM ABERTO
O deputado estadual Álvaro Porto (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), trouxe à luz uma análise criteriosa sobre o cenário eleitoral que se desenha para 2026. Em entrevista à Folha de Pernambuco, Porto destacou o protagonismo que a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), deverão assumir nos próximos meses, com impacto direto na configuração política do estado.
A avaliação do parlamentar é de que o embate entre os dois jovens líderes será não apenas acirrado, mas também benéfico para Pernambuco. Ambos, na visão de Porto, terão a oportunidade de usar suas gestões como plataformas para demonstrar competência e apresentar um modelo de governo que possa capturar a atenção e a confiança do eleitorado estadual.
“Eles terão que mostrar muito ao estado. Essa disputa vai trazer benefícios para Pernambuco, pois veremos gestores se dedicando a entregar mais e melhor”, afirmou o presidente da Alepe.
João Campos: vitrine para o interior
Na análise de Álvaro Porto, João Campos encara o desafio de transformar sua administração no Recife em um cartão de visitas para uma candidatura ao governo. Porto pontuou que o prefeito precisa usar os dois anos restantes de sua gestão para consolidar seu legado e, ao mesmo tempo, romper barreiras geográficas, expandindo sua base de apoio para além da Região Metropolitana.
“O trabalho de João no Recife será uma vitrine para o estado. Ele terá que mostrar o que poderia ser diferente sob sua liderança no governo estadual”, ressaltou.
Embora João Campos tenha a seu favor o peso político do PSB e uma administração marcada por obras e programas sociais na capital, ele enfrenta uma resistência histórica no interior, reduto tradicionalmente dominado por forças opositoras ao seu partido. Nesse sentido, os movimentos estratégicos de Campos para atrair lideranças locais serão determinantes para o sucesso de sua empreitada estadual.
Raquel Lyra: entre promessas e cobranças
Para a governadora Raquel Lyra, Álvaro Porto foi enfático ao afirmar que o ano de 2025 será decisivo. Após dois anos de governo marcados por ajustes estruturais e reorganização administrativa, a líder tucana precisará acelerar a execução de projetos e a entrega de resultados tangíveis.
“Raquel tem um ano para realizar as entregas que prometeu. Seu desempenho será analisado com ainda mais rigor pelo eleitorado, que espera uma gestão diferenciada após anos sob o domínio do PSB”, afirmou.
Porto também destacou que Raquel está em uma posição semelhante à que João Campos ocupava ao final de seu segundo ano de mandato à frente da Prefeitura do Recife. Naquele momento, Campos enfrentava questionamentos sobre sua capacidade de gestão e a pressão por obras e ações que justificassem sua eleição. Raquel, agora, precisa lidar com cobranças semelhantes,
equilibrando o discurso de renovação política com a materialização de compromissos assumidos durante a campanha.
O papel estratégico de Álvaro Porto
Embora tenha elogiado ambos os gestores, Álvaro Porto evitou declarar apoio a qualquer lado na disputa de 2026. Essa postura reflete a complexidade do cenário político e o papel estratégico que ele desempenha como líder de um grupo político em ascensão.
Em 2024, Porto articulou alianças com o PSB em algumas cidades, demonstrando pragmatismo político. Por outro lado, também se aproximou da governadora Raquel Lyra após o encerramento das eleições municipais, mantendo-se como um interlocutor relevante para ambos os lados. Essa dualidade reforça sua posição como peça-chave no tabuleiro político de Pernambuco.
“Álvaro é um estrategista. Sua decisão de apoiar Raquel ou João será tomada no momento oportuno, com base nos interesses de seu grupo e no cenário que se consolidar até lá”, avaliou um analista político próximo à Alepe.
2026: um ano de definições cruciais
A disputa entre Raquel Lyra e João Campos promete movimentar os bastidores políticos e redefinir o mapa eleitoral de Pernambuco. Para Álvaro Porto, essa competição saudável trará benefícios diretos ao estado, com ambos os líderes empenhados em provar que suas gestões podem transformar a vida dos pernambucanos.
Entretanto, o destino político de Porto e de seu grupo permanece uma incógnita. Enquanto observa atentamente os movimentos de Raquel e João, ele mantém suas cartas próximas ao peito, aguardando o momento certo para se posicionar. Em um cenário marcado por incertezas e ambições, a habilidade de Porto em navegar por essas águas turbulentas pode consolidar sua influência como uma das lideranças mais relevantes de Pernambuco nos próximos anos. É isso!
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